A tradiçãoassocia o jovem mártir siciliano Vito a duas outras figuras: Modesto, seu professor, e Crescenzia, sua enfermeira. Juntos, fugiram para Lucânia, onde sofreram o martírio sob Diocleciano. Sua história, narrada no Passio, é lendária. Um culto primitivo venerava apenas Vito, mencionado sem seus companheiros em antigos martirológios. Só mais tarde foram acrescentados Modesto e Crescencia, com quem Vito partilhou o martírio numa panela fervente, segundo a lenda. A presença de Vito entre os Catorze Santos Socorros favoreceu a difusão do culto de Modesto e Crescência na Europa, como evidenciado pelas numerosas igrejas a eles dedicadas.
Etimologia: Modesto = simples, reservado, do latim
Crescenzia = cresce (a família)
Emblema: Palma
Apesar de o novo Martyrologium Romanum hoje se limitar a mencionar individualmente o jovem mártir siciliano São Vito, aqueles que uma tradição secular quis colocar ao seu lado como companheiros de vida e martírio, os santos Modesto e Crescenzia, respectivamente seu professor e sua enfermeira, são dignos de nota. Ambos introduziram Vito à fé cristã, apesar da oposição de seu pai. Este último tentou fazê-lo renunciar à nova religião, mas Vito permaneceu firme aos ensinamentos que recebera e preferiu fugir com Modesto e Crescenza para a Lucânia, onde na época do imperador Diocleciano sofreram o martírio. Não há absolutamente nada de histórico em todo esse caso, já que o Passio escrito sobre eles tem um caráter exclusivamente lendário.
Uma forma primitiva de culto surgiu inicialmente apenas para Vito, que é mencionado sem seus dois companheiros no Martirológio Hieronímico, nos martirológios de São Beda, o Venerável, e no Martirológio Inglês Antigo. Só mais tarde foi abordado pelas misteriosas figuras de Modesto e Crescenzia, com quem parece ter partilhado o martírio fervendo numa panela, uma lenda retirada de uma vasta iconografia tradicional. A presença de Vito entre os Catorze Santos Socorros favoreceu a difusão por toda a Europa do culto a Modesto e Crescência, fator que ainda hoje pode ser encontrado nas numerosas igrejas dedicadas não só ao jovem mártir, mas chamadas de Santos Vito, Modesto e Crescência. Seria quase impossível listar os inúmeros lugares que disputam a presença das relíquias dos três mártires, como é frequentemente o caso dos santos daquele período, e que, consequentemente, os elegeram como seus padroeiros celestiais.
Autor: Fabio Arduino
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