quinta-feira, 16 de maio de 2024

SIMÃO STOCK Carmelita, Santo 1165-1265

Recebeu o escapulário das 
mãos da Virgem Maria (1165-1265).
Simão nasceu em 1165, no castelo da família em Kent, Inglaterra. O seu pai era governador local, e tinha parentesco com a casa real do seu país. A família, cristã e pia, proporcionou-lhe uma formação intelectual e religiosa aprimorada. Aluno aplicado e inteligente, freqüentou o colégio de Oxford desde os sete anos de idade. Mesmo sendo conduzido para uma carreira que trouxesse glórias terrenas, o que Simão desejava era poder seguir a vida religiosa: para servir a Deus, para a glória de Deus. Aos doze anos, deixou o castelo paterno para viver como eremita. Retirou-se para o interior da floresta perto de Oxford, e nela viveu sua existência consagrada ao Senhor. A morada escolhida era o velho tronco oco de um carvalho. Logo essa notícia se empalhou e o estranho monge passou a ser chamado de Simão “Stock”. Assim ele viveu por vinte anos, empenhado na contemplação, na oração e penitência. Certa noite, sonhou com Nossa Senhora, que lhe dizia para juntar-se aos monges vindos do mosteiro de Monte Carmelo. A Ordem dos Carmelitas é uma das mais antigas e a primeira criada em homenagem a Maria naquele mosteiro na Palestina. Mesmo não entendendo direito o sonho, Simão obedeceu a Maria. Voltou para o castelo e aos estudos, formou-se em teologia e recebeu as sagradas ordens. Enquanto aguardava a chegada dos monges, percorria as aldeias visitando pobres e doentes, e evangelizando. Em 1213, os carmelitas chegaram à Inglaterra. Simão pôde, finalmente, receber o hábito da Ordem. Após dois anos, por seu mérito e virtudes, foi nomeado coadjutor na direção da Ordem. E finalmente, em 1216, ocupou o cargo de vigário-geral de todas as províncias européias. Era o período dos mais delicados para esses monges, pois eram perseguidos por outras ordens, e a dos carmelitas quase foi extinta. Diante das circunstâncias, Simão Stock, então prior-geral, enviou delegados ao papa Honório III para informá-lo da situação crucial, e pedir sua proteção. Ao mesmo tempo, convidou todos os carmelitas a rezarem pedindo ajuda a Maria para a Ordem que lhe foi dedicada, até que viesse a resposta de Roma. Primeiro veio a resposta da Santíssima Virgem. Simão estava em profunda oração contemplativa quando viu aparecer a Mãe de Deus, cercada de anjos, que lhe mostrou o santo escapulário da Ordem, dizendo-lhe: “Este será o privilégio para ti e todos os carmelitas; quem morrer vestindo-o, se salvará”. Mandou distribuí-lo aos monges da Ordem para tranqüilizá-los. Segundo a tradição, a aparição ocorreu no dia 16 de julho de 1251. Depois chegou a decisão do papa Inocêncio, por meio de uma mensagem datada de 13 de janeiro de 1252, entregue a ele pelos representantes que voltaram. Nela, o sumo pontífice informava que declarava a existência legal da Ordem dos Carmelitas e autorizava a continuar a criação dos seus mosteiros na Europa. Foi assim que Simão agiu, inclusive promovendo a mudança estrutural da Ordem, que passou da vida monástica eremítica oriental, para aquela seguida no Ocidente, dos mendicantes ou apostólicos. A devoção ao escapulário se difundiu rapidamente à cristandade toda, do Ocidente ao Oriente, como um sinal da proteção maternal de Maria e do próprio empenho de seguir Jesus como sua Santíssima Mãe. Simão morreu, com quase cem anos, em 16 de maio de 1265, no mosteiro de Bordeaux, na França, onde foi enterrado. A festa a são Simão Stock é celebrada, no dia 16 de maio, desde 1524, culto que a Igreja depois confirmou e incluiu no seu calendário litúrgico.
De origem inglesa, São Simão Stock nasceu numa família muito ilustre do condado de Kent, onde seu pai era governador. Durante a gravidez, a mãe de São Simão o consagrou à Virgem Maria. Ainda bebê, São Simão era freqüentemente visto agitando-se nos braços da mãe quando ela pronunciava o doce nome de Maria. Para acalmá-lo, bastava mostrar-lhe uma imagem da Virgem Maria. Ele não ainda não tinha completado um ano de idade quando o escutaram pronunciar claramente a saudação angélica. Esta precoce devoção só podia ser proveniente de um extraordinário movimento do Espírito Santo no pequeno Simão. Aos doze anos, Simão se retirou para o deserto, indo habitar na fenda do tronco de uma grande árvore, daí o seu apelido “Stock”, “tronco” em inglês. Sua alimentação consistia em ervas cruas, algumas raízes e batatas, um pouco d’água para lhe matar a sede e mais nada. Mesmo que o tronco onde ele havia decidido morar não lhe oferecesse a liberdade de se esticar para dormir, Simão usava aquele abrigo precário para o seu rápido descanso. Em meio a este retiro selvagem, suas orações subiam ininterruptamente aos Céus. São Simão passou vinte anos na mais completa solidão, alimentando sua alma com as delícias celestes da contemplação. Tendo-se privado voluntariamente das conversações com as outras pessoas, ele gozava dos diálogos com a Virgem Maria e com os Anjos, que o exortavam a perseverar em sua vida de renúncia e de amor. A Rainha do Céu o avisou que logo ele veria desembarcar, na Inglaterra, eremitas vindos da Palestina. Ela acrescentou que ele devia juntar-se a esses homens que ela considerava como seus servidores. De fato, Lord Jean Vesoy e Lord Richard Gray de Codnor retornaram da Terra Santa, trazendo consigo alguns eremitas do Monte Carmelo. Dócil às orientações da Mãe de Deus, São Simão Stock juntou-se a esses Padres, em 1212. Eleito vigário geral da Ordem do Carmo em 1215, o santo trabalhou com todas as suas forças para obter junto a Roma a confirmação da sua Ordem para o Ocidente. Não faltaram adversários para tentar impedir o crescimento da mesma por toda a Europa. Mas Simão Stock suplicou à Virgem Maria com suas constantes orações e muitas lágrimas para que Ela mesma defendesse essa Ordem que lhe era consagrada. Aparecendo em sonho ao Papa Honório III, a Mãe de Deus lhe fez conhecer suas vontades e, em 1226, este Papa confirmou a Regra da Ordem do Carmo. Um dia, a Virgem apareceu resplandecente a seu servidor, acompanhada de um grande número de almas bem-aventuradas. Deu-lhe um escapulário, dizendo: “Receba, meu filho, este escapulário, como o símbolo de uma estreita aliança comigo. Eu o entrego a você como o hábito da sua Ordem; isto será para você e para todos os Carmelitas um excelente privilégio, e aquele que o portar jamais padecerá no fogo eterno. É a marca da salvação em meio aos perigos e da feliz posse da vida que jamais terá fim.” A devoção ao escapulário de Nossa Senhora do Monte Carmelo espalhou-se não somente entre o povo, mas também entre os reis e príncipes que ficavam muito honrados em trazer no peito esta marca dos servidores da Virgem. São Simão Stock, presente no Concílio Geral de Lyon ocorrido sob o papado de Inocêncio IV, pronunciou naquela ocasião um discurso eloqüente contra as divisões que então agitavam a Igreja. Ele morreu no vigésimo quinto ano do seu priorado, aos cem anos, deixando admiráveis exemplos de virtude. Faleceu na cidade de Bordeaux, na França, quando visitava os mosteiros da Ordem. A Igreja acrescentou suas últimas palavras à saudação angélica: “Santa Maria, Mãe de Deus,rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte.” (Monsenhor Paul Guérin, Edição 1863, pgs. 229-233-Bollandistes, Paris, Ed. 1874, tomo V, pg. 582) 
Tradução e Adaptação :Gisèle Pimentel

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