domingo, 19 de maio de 2024

EVANGELHO DO DIA 19 DE MAIO

Evangelho segundo São João 15,26-27.16,12-15. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quando vier o Paráclito, que Eu vos enviarei de junto do Pai, o Espírito da verdade, que procede do Pai, Ele dará testemunho de Mim. E vós também dareis testemunho, porque estais comigo desde o princípio. Tenho ainda muitas coisas para vos dizer, mas não as podeis suportar por agora. Quando vier o Espírito da verdade, Ele vos guiará para a verdade plena; porque não falará de Si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir. Ele Me glorificará, porque receberá do que é meu e vo-lo anunciará. Tudo o que o Pai tem é meu. Por isso vos disse que Ele receberá do que é meu e vo-lo anunciará». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Beato Maria Eugénio do Menino Jesus 
(1894-1967) 
Carmelita,fundador de Notre Dame de Vie 
A união transformadora 
O Espírito constrói a plenitude de Cristo, que é a Igreja 
A obra divina de santificação da Igreja e das almas é atribuída ao Espírito Santo, porque se trata de uma obra de amor por excelência, e o Espírito Santo é a espiral de amor do Pai e do Filho. O Espírito Santo desceu sobre os apóstolos no dia de Pentecostes, e tomou posse da alma, como de um templo, no dia do batismo, para realizar esta obra de encarnação da vida divina. Conhecemos o plano que Lhe foi proposto, o desígnio eterno de Deus que faz da ação do Espírito Santo na Igreja e nas almas uma unidade: «Ele nos escolheu em Cristo, antes da fundação do mundo, para sermos na sua presença santos e irrepreensíveis no amor. Ele nos predestinou ao estatuto de filhos, por meio de Jesus Cristo, de acordo com a benevolência da sua vontade, para louvor da glória da sua graça, com a qual nos agraciou no seu amado Filho» (Ef 1,4-6) A ação do Espírito Santo está toda orientada para esta realização efetiva da adoção divina em nós e a expansão de Cristo Jesus na nossa alma pela difusão da sua graça; o Espírito constrói, em cada alma e na Igreja, a plenitude de Cristo, o Cristo total que é a Igreja. De facto, a graça que Ele derrama nas almas é uma graça filial que nos aparenta estreitamente ao Verbo, fazendo de nós filhos por adoção, como Ele é filho por natureza: «Recebestes um Espírito que vos concede o estatuto de filhos e no qual clamamos: "Abbá, ó Pai"» (Rm 8,15). Esta graça, que assim proclama o seu nome, dá-nos a semelhança do Verbo quando a fazemos nossa pela contemplação, na qual o Espírito Santo intervém uma vez mais. A vida divina em nós é a vida de Cristo; uma vida que procede dele e nos une a Ele, para constituirmos com Ele uma nova realidade, a videira inteira, o Cristo total, formado por Cristo e pelos seus membros.

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