Evangelho segundo São Mateus 5,43-48.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Ouvistes que foi dito: "Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo".
Eu, porém, digo-vos: amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem,
para serdes filhos do vosso Pai que está nos Céus; pois Ele faz nascer o Sol sobre bons e maus e chover sobre justos e injustos.
Se amardes aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem a mesma coisa os publicanos?
E se saudardes apenas os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não o fazem também os pagãos?
Portanto, sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito».
Tradução litúrgica da Bíblia
(1182-1226)
Fundador da Ordem dos Frades Menores
Admoestações, 9-10
«Eu, porém, digo-vos:
não oponhais resistência ao mau»
«Amai os vossos inimigos», diz o Senhor. Amar verdadeiramente o inimigo é em primeiro lugar não se lamentar pelas injustiças sofridas. É sentir dolorosamente o pecado cometido pelo outro como uma ofensa ao amor de Deus, e provar-lhe, por ações, que continuamos a amá-lo.
«Cometi um pecado? A culpa é do demónio! Sofri uma injustiça? A culpa é do outro!» – é esta a atitude de muitos cristãos. Mas não são os outros que devo culpar, pois o inimigo está em nós; o inimigo é o egoísmo que nos faz cair no pecado. Feliz, portanto, o servo que mantiver acorrentado este inimigo entregue em suas mãos, e estiver armado contra ele com sabedoria; desde que se comporte assim, nenhum outro inimigo, visível ou invisível, poderá fazer-lhe mal.
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