Os registos gregos mostram como sua terra natal Tiro, na Fenícia, hoje conhecida como Líbano, enquanto os latinos citam Bolsena, na Toscana, Itália. Estes relatos do antigo povo cristão contam que o pai de Cristina, Urbano, era pagão e um oficial do Império Romano, que ao saber da conversão da filha, queria obrigá-la a renunciar ao Cristianismo. Por isso, decidiu trancar a filha numa torre em companhia de doze servas pagãs. Para mostrar que não abdicava da fé em Cristo, Cristina despedaçou as estátuas dos deuses pagãos existentes na torre e atirou pela janela abaixo as jóias que as adornavam, para que os pobres pudessem aproveitá-las. Quando tomou conhecimento do feito, Urbano mandou chicoteá-la e prendê-la num cárcere. Nem assim conseguiu a rendição da filha e, por isso, entregou-a aos juízes.
Cristina foi torturada terrivelmente e depois lançada numa cela, onde três anjos celestes limparam e curaram as suas feridas. Como solução final, o governante pagão mandou que lhe amarrassem uma pedra ao pescoço e a deitassem a um lago. Novamente os anjos intervieram: sustentaram a pedra que ficou a boiar na superfície da água e levaram a jovem até à margem do lago.
As torturas continuaram: Cristina foi novamente flagelada, depois amarrada a uma grade de ferro quente e colocada numa fornalha, foi mordida por cobras venenosas, e sofreu a amputação dos seios antes de finalmente ser morta com duas lanças transpassando o seu corpo.
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