Gregório nasceu em Neocesareia no Ponto. Ainda muito jovem, converteu-se ao cristianismo. O Bispo Fotino o quis como seu sucessor em uma cidade de apenas 17 cristãos. Porém, graças aos seus poderes de taumaturgo, conseguiu muitos outros. Morreu durante as perseguições de Décio, em 270.
São Gregório, o Maravilhas, Bispo
Século III - m. 270
Etimologia: Gregório = aquele que desperta, do grego
Emblema: Equipe pastoral
Martirológio Romano: Em Neocesaréia do Ponto, na atual Turquia, São Gregório, bispo, que, tendo abraçado a fé cristã desde a adolescência, foi um grande estudioso das ciências humanas e divinas; Tendo sido ordenado bispo, mostrou-se distinguido pela doutrina, virtude e zelo apostólico e pelos numerosos milagres que realizou recebeu o nome de Maravilhas.
São Gregório, apelidado de Maravilhas, nasceu no início do século III em Neocaesarea del Pontus. Seus pais, ilustres pela nobreza e riquezas, mas idólatras, criaram-no, junto com seu irmão Atenodoro, em superstições pagãs. Mas a Divina Providência, que predeterminou torná-los dois grandes luminares da Igreja, providenciou para que encontrassem a verdade e a verdadeira religião ainda crianças.
Dotado de grande perspicácia e de uma sede insaciável de conhecimento, Gregório foi enviado para frequentar a escola de filosofia do famoso Orígenes.
À luz dessas lições eloqüentes, sua mente lógica foi iluminada e ele logo quis ser batizado. Tendo se aprofundado de modo particular no estudo da Sagrada Escritura, decidiu consagrar-se inteiramente ao serviço divino e renunciar a todas as vantagens terrenas. De facto, enquanto ainda estava em Cesaréia, a morte levou-lhe os pais e ele, descobrindo-se dono de muitas riquezas, partilhou-as com viúvas e órfãos e retirou-se para a solidão.
A penitência, a oração e o estudo da Bíblia Sagrada foram os seus grandes meios para ascender à contemplação e à perfeição. No entanto, não poderia permanecer desconhecido, pois a fama dos seus conselhos e das suas virtudes chegou aos ouvidos do santo bispo Fotino, que, por uma revelação especial do Espírito Santo, quis fazê-lo brilhar no castiçal da Igreja, criando ele bispo de Neocesaréia.
Em vão ele tentou repetidamente escapar do pesado fardo; mas sabendo que esta era a vontade de Deus, após uma preparação adequada, ele entrou na sua cidade altamente povoada, que, no entanto, não tinha mais de 17 cristãos.
No entanto, a sua fama de homem extraordinário preparou inconscientemente aquele povo idólatra para a adoração do Deus verdadeiro; e por sua vez o Santo não poupou esforços, orações e principalmente milagres para apressar a sua conversão.
Relatamos alguns deles. Tratava-se de construir o primeiro templo cristão; mas o rio de um lado e a montanha do outro estreitavam o lugar. O Santo ordena que a montanha se afaste, e a montanha se move obedientemente tanto quanto necessário.
O povo reclamava que um pântano, já motivo de discórdia entre irmãos, estava tornando o clima insalubre. Gregório faz dela um campo fértil com o sinal da cruz.
Numa enchente, a torrente de Casalmacco rompeu as margens e ameaçou a cidade: o Santo precipitou-se para lá, plantou o seu pau na terra, as águas recuaram para o leito do rio e o pau tornou-se uma planta muito robusta.
Os muitos prodígios do bispo milagreiro não conseguiram salvá-lo da perseguição de Décio, nem do exílio. De lá ele observou e orou pela perseverança de seu rebanho na fé.
Tendo então conhecido, por revelação divina, a hora da sua morte, ordenou que se fizesse uma diligente busca para saber quantos pagãos ainda restavam na sua diocese, e ao saber que eram 17, exclamou: "Deo gratias, por minha causa. chegada encontrei precisamente 17 cristãos!".
Depois de 25 anos de episcopado, fechou placidamente os olhos no Senhor. Era o ano 270.
Autor: Antonio Galuzzi
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