domingo, 5 de novembro de 2023

EVANGELHO DO DIA 5 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Mateus 23,1-12. 
Naquele tempo, Jesus falou à multidão e aos discípulos, dizendo: «Na cadeira de Moisés sentaram-se os escribas e os fariseus. Fazei e observai tudo quanto vos disserem, mas não imiteis as suas obras, porque eles dizem e não fazem. Atam fardos pesados e põem-nos aos ombros dos homens, mas eles nem com o dedo os querem mover. Tudo o que fazem é para serem vistos pelos homens: alargam os filactérios e ampliam as borlas; gostam do primeiro lugar nos banquetes e dos primeiros assentos nas sinagogas, das saudações nas praças públicas e que os tratem por mestres. Vós, porém, não vos deixeis tratar por mestres, porque um só é o vosso Mestre e vós sois todos irmãos. Na Terra, não chameis a ninguém vosso pai, porque um só é o vosso pai, o Pai celeste. Nem vos deixeis tratar por doutores, porque um só é o vosso doutor, o Messias. Aquele que for o maior entre vós será o vosso servo. Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Gregório Magno(540-604) 
Papa, doutor da Igreja 
Livro XIV, SC 212 
«O princípio de todos os pecados 
é o orgulho» (Eclo 10,15) 
«Que a morte antiga devore a beleza da sua pele e lhe consuma os braços» (Jb 18,13 Vg)
A beleza da pele designa a glória temporal, que se deseja exteriormente e se conserva como uma aparência brilhante na pele. A palavra «braços» aplica-se apropriadamente às nossas obras, uma vez que o trabalho físico é efetuado pelos braços. E o que é a morte senão o pecado, que separa a alma da vida interior e a mata? Assim, pois, se o pecado é a morte, podemos entender por morte antiga a soberba, pois está escrito: «A raiz de todo o pecado é a soberba» (Eclo 10,15 Vg). A beleza da sua pele e os seus braços são, portanto, devorados pela morte antiga, porque a glória e a atividade do injusto são deitadas por terra pela soberba. Ele poderia ter-se mantido na sua glória nesta vida sem pecado se não fosse orgulhoso; poderia recomendar-se ao juízo do seu Criador por algumas das suas obras se, aos olhos do seu Juiz, essas mesmas obras não tivessem sido deitadas por terra pelo orgulho. Há muitas pessoas ricas que poderiam ter conservado o poder e a glória sem pecado, se tivessem querido conservá-los com humildade. Mas orgulham-se das suas riquezas, vangloriam-se das suas honras, desdenhando o resto do mundo e depositando toda a confiança da sua vida na abundância dos bens. Assim falava um homem rico: «Alma, tens muitos bens em depósito para muitos anos: descansa, come, bebe e regala-te!» (Lc 12,19). Quando o Juiz do alto vê estes pensamentos, arranca-lhes a sua confiança.

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