Nascido em Stuttgart em 1876, Ruperto se destacou nos estudos e logo sentiu a vocação para a vida religiosa. Entrou na Companhia de Jesus e em 1899 foi ordenado presbítero. Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, Ruperto serviu seu pais indo para a frente de batalha. Infelizmente perderia uma perna no conflito, mas nem por isso se deixou abater. Em Munique se dedicou à formação dos jovens. Nessa mesma cidade fará suas pregações e se dedicará ao ensino da juventude. Contudo, os anos em que viveu Padre Ruperto eram um dos momentos mais difíceis da história moderna da Alemanha. Em 1923 toda a cidade ficou chocada com a tentativa de um golpe de Estado promovido por um, então, quase desconhecido Adolf Hitler. Após dez anos, Hitler toma o poder em Berlim: é a ascensão do nazismo. Começam as perseguições. Não há espaço para contestadores do regime. Deve-se escolher entre a aceitação do nazismo ou o silêncio. Padre Ruperto não se dobra. Fala claramente que um cristão católico não pode aceitar esse regime. Defende com coragem os princípios sociais cristãos. Contudo, em 1937 padre Ruperto é preso e enviado para o lager de Sachsenhausen-Oranienburg, nas proximidades de Berlim. Por três longos anos é submetido aos horrores da prisão. Ao sair do lager, seu corpo carrega as sequelas da dureza do tratamento recebido. Vai para a abadia beneditina de Ettal para viver ainda como relcuso, mas num ambiente um pouco mais salubre. Em 1945, com a chegada das tropas americanas ele será libertado. Com a libertação ele experimenta o alívio, livre também de qualquer rancor. Mas sua vida, tal qual uma lâmpada que ao brilhar com muita intensidade, rompe o filamento, encontra o fim logo depois, ainda no ano de 1945: estava numa igreja de Munique fazendo sua pregação, quando desfalece e cai por terra já sem vida. São João Paulo II o proclamará Bem-aventurado em 1987.
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