sexta-feira, 13 de outubro de 2023

EVANGELHO DO DIA 13 DE OUTUBRO

Evangelho segundo São Lucas 11,15-26. 
Naquele tempo, Jesus expulsou um demónio, mas alguns dos presentes disseram: «É por Belzebu, príncipe dos demónios, que Ele expulsa os demónios». Outros, para O experimentarem, pediam-Lhe um sinal do Céu. Mas Jesus, que conhecia os seus pensamentos, disse: «Todo o reino dividido contra si mesmo acaba em ruínas e cairá casa sobre casa. Se Satanás está dividido contra si mesmo, como subsistirá o seu reino? Vós dizeis que é por Belzebu que Eu expulso os demónios. Ora, se Eu expulso os demónios por Belzebu, por quem os expulsam os vossos discípulos? Por isso, eles mesmos serão os vossos juízes. Mas, se Eu expulso os demónios pelo dedo de Deus, então quer dizer que o Reino de Deus chegou até vós. Quando um homem forte e bem armado guarda o seu palácio, os seus bens estão em segurança. Mas, se aparece um mais forte do que ele e o vence, tira-lhe as armas em que confiava e distribui os seus despojos. Quem não está comigo, está contra Mim, e quem não junta comigo, dispersa. Quando o espírito impuro sai do homem, anda a vaguear por lugares desertos à procura de repouso. Como não o encontra, diz consigo: "Voltarei para a casa de onde saí". Quando lá chega, encontra-a varrida e arrumada. Então, vai e toma consigo sete espíritos piores do que ele, que entram e se instalam nela. E o último estado daquele homem torna-se pior do que o primeiro». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São João Cassiano(360-435) 
Fundador de mosteiro em Marselha 
Sobre os principados,cap.II-X 
De onde vêm as potências inimigas? 
Qual é a origem de uma tão grande variedade e diversidade de potências inimigas do homem, que o bem-aventurado apóstolo enumera da seguinte forma: «A nossa luta não é contra seres humanos, mas contra os principados, as potestades, contra os que dominam este mundo de trevas, e contra os espíritos do mal que existem no alto dos céus» (Ef 6,12)? De onde vêm esses adversários invejosos e perversos? Terá o Senhor criado estas potências com o objetivo de lutarem contra os homens, com tal diversidade de dignidades e de graus? Deus nos livre de alguma vez professar que Ele criou algo substancialmente mau, quando a Escritura nos diz: «Tudo o que Deus fez era muito bom» (Gn 1,31). Antes de fundar o mundo visível, Deus criou as virtudes espirituais e celestes, para que, sabendo que tinham sido produzidas do nada para tal glória e bem-aventurança por puro benefício do Criador, Lhe rendessem perpetuamente ações de graças e se dedicassem constantemente a louvá-lo. Entre os cristãos, ninguém tem dúvidas sobre isso. Muitos dos que ocupavam os primeiros lugares caíram: «Porém, como qualquer mortal, morrereis, e como qualquer um dos príncipes havereis de cair» (Sl 82,7). A inveja do demónio, que o levou a enganar o homem com as suas artimanhas, teve a sua causa na sua queda: ele viu o homem, formado do barro da terra, ser chamado à glória que fora sua quando era um dos príncipes, e da qual se lembrava de ter caído. A sua primeira falta foi, portanto, a soberba, e foi esta que lhe valeu a queda e o nome de serpente.

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