A lenda da santa diz que Basila era uma donzela aparentada com a família imperial e que foi martirizada em Roma em meados do século III. Desde a infância, seus pais a prometeram em casamento a um patrício chamado Pompeu; mas depois da sua conversão ao cristianismo, Basila recusou-se a casar, porque se consagrou ao Senhor desde o momento do seu batismo. Pompeu a denunciou ao imperador Galieno, que deu a Basila a escolha entre o casamento ou a morte pela espada. O santo escolheu esta última e foi decapitado na Via Salaria.
Possivelmente os detalhes desta narrativa, e particularmente a menção de Galieno no século III, estejam completamente errados. Em 1654, foi descoberto um túmulo na catacumba de San Ciriaco onde havia uma placa com o nome de Basila, uma folha de palmeira e uma pomba; Como se sabe, a palmeira e a pomba simbolizam o martírio e a virgindade. Os ossos encontrados no referido túmulo foram transferidos com grande pompa para o hospital de Bayeux, na Normandia; mas estes provavelmente não são os restos mortais do santo do século III, mas de algum outro mártir desconhecido.
As atas de Santa Basila não existem. O seu nome aparece mencionado de passagem na Paixão de Santa Eugénia, que é um documento sem valor. No entanto, não há dúvida de que o martírio do santo é autêntico. O Depositio Martyrum situa o martírio de São Basílio em 22 de setembro de 304, data em que é celebrado atualmente; a data de 20 de maio veio de sua menção no Hieronymianum. Várias inscrições foram descobertas nas catacumbas, nas quais o santo é invocado.
Fonte: "Vidas dos Santos por A. Butler",
Herbert Thurston, SI
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