sábado, 16 de setembro de 2023

EVANGELHO DO DIA 16 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 6,43-49. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Não há árvore boa que dê mau fruto, nem árvore má que dê bom fruto. Cada árvore conhece-se pelo seu fruto: não se colhem figos dos espinheiros, nem se apanham uvas das sarças. O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem; e o homem mau, da sua maldade tira o mal; pois a boca fala do que transborda do coração. Porque Me chamais "Senhor! Senhor!", mas não fazeis o que vos digo? Vou mostrar-vos a quem se assemelha todo aquele que vem ter comigo, ouve as minhas palavras e as põe em prática. É semelhante a um homem, que, para construir a casa, escavou, aprofundou e assentou os alicerces sobre a rocha. Quando veio uma cheia, a torrente irrompeu contra aquela casa, mas não a pôde abalar, porque estava bem construída. Mas aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é semelhante a um homem que construiu a casa sobre a terra, sem alicerces. A torrente irrompeu contra aquela casa, que imediatamente desabou; e foi grande a sua ruína». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Beato Columba Marmion
Abade(1858-1923) 
A nossa fé, vitória sobre o mundo 
A fé é o fundamento da vida cristã 
A fé é um alicerce. Pensemos num monumento que atrai o olhar pela sua grandeza e pela combinação harmoniosa de todas as suas proporções. O que é que lhe dá solidez? Os alicerces. Se estes forem abalados, as paredes estalam imediatamente e o edifício corre perigo; se não for consolidado, está condenado à ruína. Temos aí uma imagem da vida espiritual, esse edifício que Deus, juntamente connosco, constrói em nós para a sua glória, um templo onde Ele quer habitar. Mas, se não lançarmos um alicerce firme, é impossível construir o edifício. E quanto mais alto ele se eleva, mais profundos e inabaláveis devem ser os alicerces. Quando o homem espiritual pensa ter atingido o cume da perfeição, o pináculo da contemplação, se a fé, que é a base do verdadeiro amor, não é nele reforçada na mesma proporção, tudo pode desmoronar-se. O Santo Concílio [de Trento] também compara a fé a uma raiz. Olhai para esta árvore majestosa, de tronco poderoso, de ramos vigorosos, de folhagem abundante e densa. De onde lhe vem a força e a beleza? De algo que não se vê: as raízes, que mergulham no solo e nele se fixam, para dele extraírem os sucos nutritivos necessários à vida deste gigante. Se as raízes vierem a secar, a árvore murcha. A raiz da vida cristã é a fé. Sem ela, tudo murcha, tudo seca, tudo morre. Ela é a condição necessária da vida e do progresso espiritual.

Nenhum comentário:

Postar um comentário