sábado, 12 de agosto de 2023

EVANGELHO DO DIA 12 DE AGOSTO

Evangelho segundo São Mateus 17,14-20. 
Naquele tempo, aproximou-se de Jesus um homem, que se ajoelhou diante dele e Lhe disse: «Senhor, tem compaixão do meu filho, porque é epilético e sofre muito; cai frequentemente no fogo e muitas vezes na água. Apresentei-o aos teus discípulos, mas eles não puderam curá-lo». Jesus respondeu: «Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei convosco? Até quando terei de vos suportar? Trazei-mo aqui». Jesus ameaçou o demónio, que saiu do menino, e este ficou curado a partir daquele momento. Então, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-Lhe em particular: «Por que motivo não pudemos nós expulsá-lo?». Jesus respondeu-lhes: «Por causa da vossa pouca fé. Em verdade vos digo: se tiverdes fé comparável a um grão de mostarda, direis a este monte: "Muda-te daqui para acolá", e ele há de mudar-se. E nada vos será impossível». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santa Catarina de Sena (1347-1380) 
Terceira dominicana, doutora da Igreja, 
copadroeira da Europa 
Carta 125 a Fr. J. de Pádua, n.º 79 
Deslocar montanhas pela Santa Cruz 
O nosso bom Salvador disse: 
«Se tiverdes fé comparável a um grão de mostarda, 
direis a este monte: 
"Muda-te daqui para acolá", e ele há de mudar-se». 
Sim, meu querido Padre, creio que isto é verdade; porque, quando a alma fiel põe toda a sua fé e esperança no lenho da Santíssima Cruz, onde encontramos o Cordeiro consumido pelo fogo da caridade divina, adquire uma fé tão grande que não haverá montanha, isto é, pecado, montanha de orgulho, ignorância ou negligência, que não seja capaz de mover pela virtude da Santíssima Cruz. A nossa vontade fará esta montanha passar do vício à virtude, da negligência ao zelo, do orgulho à verdadeira e perfeita humildade. Contemplando Deus rebaixado à condição de homem, mudaremos a montanha da ignorância e humilhar-nos-emos no verdadeiro e perfeito conhecimento de nós mesmos; veremos que não somos nada e que só fazemos obras do nada. Então, a alma encontra em si mesma as provas da bondade de Deus e do seu amor ardente; vê que é amada por Deus antes mesmo de ser criada. Deste modo, a alma prova que a sua fé não está morta, mas viva; mostra que conformou a sua vontade com a vontade de Deus. Ordenou às montanhas que se mudassem e elas mudaram-se: tornou-se poderosa ajustando-se à santa vontade de Deus.

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