Nascido no dia 20 de julho de 1359 em Ligny-em-Barrois, na França, Pedro era o sexto filho de Guido de Luxeburgo, Conde de Ligny. Com apenas dois anos de idade se tornou órfão de pai e, aos quatro, órfão de mãe. Sua educação ficou a cargo da tia, Joana de Chatillon. Aos sete anos fez voto de castidade e com apenas oito anos foi enviado para Paris com a finalidade de iniciar seus estudos, onde se tornou aluno e amigo do teólogo Peter d'Ailly, seu professor no Colégio de Navarra.
Conforme os costumes da época, com apenas 9 anos de idade, Pedro foi nomeado cônego de Paris pelo antipapa Clemente VII. Esse mesmo antipapa o nomearia bispo de Metz no dia 10 de fevereiro de 1382: Pedro tinha então apenas 14 anos. No ano seguinte, foi ainda nomeado cardeal.
No entanto, na luta entre o Papa Urbano VI e o antipapa Clemente VII, a cidade de Metz era um local contestado de ambos os lados. O rei Wenceslas IV da Boêmia, que apoiou o papa legítimo, havia nomeado bispo Thilmann Vuss.
Pedro, ajudado pela intervenção dos soldados de seu irmão Valeriano, tomou posse da sede episcopal, mas em setembro de 1384 ele teve que sair para ir a Ligny, para ajudar seu irmão moribundo Roberto. O inimigo se aproveitou disso, avançando para Metz.
Mais uma vez, a intervenção de seu irmão Valeriano foi necessária, mas ele, apesar de pouco disposto, produziu devastação na área ao redor de Metz.
Apesar dessas promoções feitas em virtude de laços políticos Pedro demonstrou possuir grandes virtudes cristãs: em 1385 rejeita seus títulos e busca viver uma vida tão austera e penitente que o próprio antipapa teve medo e, vendo que sua saúde já estava começando a se deteriorar, ordenou que ele a mitigasse. Pedro obedeceu, mas compensou, dobrando a esmola a ponto de a maior parte de sua renda ser destinada aos pobres.
Do ponto de vista político, ele primava pela busca da paz e da justiça: uma doença acabou impedindo-o de realizar o projeto de visitar tanto o rei da França quanto da Inglaterra, para tentar selar um acordo de paz entre esses reinos em guerra.
Em 1387, para encontrar um clima mais favorável, ele se retirou para Villeneuve, onde viveu com maior retiro e dedicação à oração, levando então seu famoso êxtase.
Aos 18 anos, prisioneiro de tuberculose, ele se preparou para a morte, desculpando-se com seus servos por tê-los tratado como servos e não como irmãos e fazendo com que eles o açoitassem como sinal de penitência por isso. Morreu no dia 02 de julho de 1387 e seu último desejo foi o de ser sepultado no cemitério de São Miguel de Avignon, o cemitério dos pobres. Imediatamente o povo começou um culto de veneração a esse jovem considerado um santo capaz de interceder a Deus grandes milagres.
Sua beatificação ocorreu em 1527 e seu culto permanece vivo em Avignon, Metz, Paris, Verdun e Luxemburgo. É o santo padroeiro dos enfermos de tuberculose.
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