Raul, Rodulfo ou Rodolfo, pertencia a uma família de alta nobreza da Monarquia Franca. O pai, chamado também Raul, era conde de Cahors e tinha o título de abade leigo de Tulle.
Em 840, Raul filho subiu à cátedra episcopal de Bourges. Assistiu desde então a todos os concílios francos e tomou parte importante no governo da Igreja e do estado. Os assuntos públicos não o afastaram da solicitude pela sua Igreja. Escreveu ao papa Nicolau I para lhe apresentar alguns pontos de disciplina, em particular a questão dos cor epíscopos. O Papa, ao responder-lhe, dá-lhe o título de Patriarca das Aquitânias e das Narbonenses. Raul é, quanto sabemos, o primeiro arcebispo de Bourges que teve tal título.
A Instrução Pastoral que dirigiu mostra-nos solicitude pelo governo da diocese. Contém prescrições que se encontram nos documentos de todos os bispos do tempo, mas indica o zelo de Raul por que os seus sacerdotes observem as regras canónicas. Discutira primeiro com eles cada um dos artigos, para estar bem seguro de os mesmos corresponderem a necessidades reais.
45 capítulos tratam da fé e dos costumes, dos sacramentos, da conservação das igrejas, das penitências que hão-de impor-se, etc., … É interessante notar que animou ardorosamente os fiéis bem dispostos a que todos os dias comungassem.
Raul ocupou-se também dos religiosos e das religiosas. Veio a morrer a 21 de Junho de 866. A diocese de Bourges celebra ainda a sua memória neste dia.
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