terça-feira, 20 de junho de 2023

EVANGELHO DO DIA 20 DE JUNHO

Evangelho segundo São Mateus 5,43-48. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Ouvistes que foi dito: "Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo". Eu, porém, digo-vos: amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem, para serdes filhos do vosso Pai que está nos Céus; pois Ele faz nascer o Sol sobre bons e maus e chover sobre justos e injustos. Se amardes aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem a mesma coisa os publicanos? E se saudardes apenas os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não o fazem também os pagãos? Portanto, sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São João Cassiano(360-435) 
Fundador de mosteiro em Marselha 
Sobre a perfeição, cap. IX; SC 54 
«Amai os vossos inimigos, para serdes filhos» 
Todo aquele que consegue, pela caridade, chegar à imagem e semelhança de Deus, daí em diante deleita-se no bem, por causa do gosto que nele encontra. Abraça com o mesmo amor a paciência e a mansidão. As falhas dos pecadores já não o irritam nem o levam à ira; antes implora o seu perdão, devido à grande piedade e compaixão que sente por ver as suas penas. Não se recorda de ter também experimentado o aguilhão de paixões semelhantes até ao dia em que, na sua misericórdia, o Senhor condescendeu em preservá-lo delas? Não foram os seus próprios esforços que o salvaram da insolência da carne, mas a proteção de Deus. Desde então, compreende que não é cólera que deve manifestar com aqueles que se perdem, mas comiseração; e, na absoluta tranquilidade do coração, canta a Deus este versículo: «Quebraste as minhas cadeias. Hei de oferecer-te sacrifícios de louvor» (Sl 115,16-17); e ainda: «Se o Senhor não fosse em meu auxílio, em breve eu estaria a morar com os mortos» (Sl 93,17). Além disso, esta humildade de espírito torna-o capaz de cumprir o preceito evangélico da perfeição: «Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem» (Mt 5,44). Assim, mereceremos alcançar a recompensa prometida, de que Ele falou logo a seguir: não apenas ser imagem e semelhança divina, mas receber o nome de filho: «Fazendo assim, tornar-vos-eis filhos do vosso Pai que está no Céu, pois Ele faz com que o Sol se levante sobre os bons e os maus, e faz cair a chuva sobre os justos e os pecadores» (Mt 5,45).

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