de S. Domingos de Gusmão.
No dia do seu baptismo,
uma pomba branca posou sobre ela.
Angelina Guadanholi nasceu numa família da aristocracia italiana, em 2 de fevereiro de 1467, na cidade de Rieti. O dia do seu batizado foi marcante e muito curioso. No mesmo instante em que o padre lhe ministrava o batismo, desceu sobre sua cabeça uma pomba branca, talvez como um símbolo da infinidade de graças que o Espírito Santo colocou em sua alma. Por isso, ficou conhecida como Colomba, que significa "pomba".
Colomba, desde a infância, consagrou seu coração e sua vida ao amor a Jesus Cristo, como fizeram são Domingos e santa Catarina, com quem conviveu e dos quais foi discípula. Por si mesma e com firmeza seguiu o caminho para a santidade. A tradição diz que, ainda no berço, procurava privar-se da amamentação. Sua infância foi repleta de penitências severas, que só podem ser equiparadas àquelas dos adultos mais santificados.
Aos dez anos, ela consagrou sua virgindade a Jesus, mesmo sabendo que seus pais tinham assumido um casamento para ela. Mas o acerto das núpcias foi desfeito quando apareceu com a cabeça raspada diante dos pais, que ficaram comovidos com a real vocação da filha.
Iniciou sua formação religiosa no convento dominicano da Ordem Terceira, e teve como orientadores espirituais santa Catarina, a quem ela chamava de "irmã", e são Domingos, de quem recebeu o hábito em 1496.
Colomba era, de fato, muito especial, pois, além da alta capacidade contemplativa, contava com dons extraordinários, como o da profecia, do conselho, da cura, e sabia perceber, como ninguém, os sentimentos da alma humana. Aos dezenove anos, atendendo uma inspiração, foi para a cidade de Perugia, onde fundou um convento dominicano da Ordem Terceira, para a educação das jovens da nobreza.
Mas seu apostolado foi muito fecundo também fora do convento, onde se tornou uma verdadeira "pomba da paz e da concórdia" na luta que existia entre as poderosas famílias da nobreza, que disputavam a região. Colomba conseguiu impedir inúmeras lutas sangrentas que poderiam ter destruído, várias vezes, a cidade de Perugia.
Ela morreu aos trinta e três anos de idade, no dia 20 de maio de 1501, no convento que havia fundado em Perugia. Em 1627, foi beatificada pelo papa Urbano VIII, que declarou Colomba de Rieti padroeira de Perugia.
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