terça-feira, 18 de abril de 2023

EVANGELHO DO DIA 18 DE ABRIL

Evangelho segundo São João 3,7b-15. 
Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Não te admires por Eu te haver dito que todos devem nascer de novo. O vento sopra onde quer; ouves a sua voz, mas não sabes donde vem nem para onde vai. Assim acontece com todo aquele que nasceu do Espírito». Nicodemos perguntou: «Como pode ser isso?». Jesus respondeu-lhe: «Tu és mestre em Israel e não sabes estas coisas? Em verdade, em verdade te digo: nós falamos do que sabemos e damos testemunho do que vimos, mas vós não aceitais o nosso testemunho. Se vos disse coisas da Terra e não acreditais, como haveis de acreditar se vos disser coisas do Céu? Ninguém subiu ao Céu, senão Aquele que desceu do Céu: o Filho do homem. Assim como Moisés elevou a serpente no deserto, também o Filho do homem será elevado, para que todo aquele que acredita tenha nele a vida eterna». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santa Teresa Benedita da Cruz 
(Edith Stein) (1891-1942) 
Ccarmelita, mártir, co-padroeira da Europa 
Poesia «Noite Santa»
Para que todo aquele que acredita tenha nele a vida eterna
Meu Senhor e meu Deus, 
Tu me guiaste por um longo e obscuro caminho, pedregoso e duro. 

Já quase sem forças, 
não esperava voltar a ver a luz do dia. 
O meu coração estava duro como pedra devido ao sofrimento 
quando, diante dos meus olhos, se ergueu a suave claridade duma estrela. 

Ela me guiou, fiel, e eu segui-a, 
primeiro com passos tímidos, depois mais seguros. 
E cheguei por fim à porta da Igreja, 
que se abriu, e eu pedi para entrar. 

Fui acolhida pela tua bênção, proferida pelo teu sacerdote. 
No seu interior sucedem-se as estrelas,  
estrelas de flores vermelhas que me indicam o caminho que a Ti conduz, 
que a tua bondade permite que iluminem o caminho que a Ti conduz. 

O mistério que tinha de guardar, escondido no íntimo do coração, 
posso finalmente anunciá-lo em alta voz: 
Eu creio, e confesso a minha fé! 

O sacerdote conduz-me aos degraus do altar, 
inclino a cabeça, 
e a água santa escorre-me pela fronte. 

Senhor, será possível renascer 
uma vez passada metade da vida (Jo 3,4)? 
Tu assim o disseste, e para mim tornou-se realidade. 

Já não sinto o peso das faltas e das penas dessa vida longa. 
De pé, recebi sobre os ombros o manto branco, 
símbolo luminoso da pureza. 

Trouxe na mão o círio cuja chama anuncia 
que em mim arde a tua vida santa. 
E o meu coração transformou-se na manjedoura que por Ti espera. 
Por pouco tempo! 

Maria, tua Mãe e também minha, deu-me o nome,
e à meia-noite depôs no meu coração o seu bebé recém-nascido. 
Oh! Não há coração humano que possa imaginar 
o que Tu preparas para aqueles que Te amam (cf 1Cor 2,9). 

És meu para sempre e nunca Te deixarei. 
Seja qual for o caminho que venha a trilhar, Tu estás sempre comigo. 
E nada poderá jamais separar-me do teu amor (cf Rm 8,39). 

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