Oda (ou Odete) nasceu no seio de uma família nobre do Brabante, Bélgica. Foi prometida por seus pais a um jovem de nobre origem, mas Oda não consentiu jamais na celebração do matrimônio. Forçada ao casamento, Odete recusa-o diante do padre e da multidão, para entrar no convento onde dedicará sua vida aos pobres. “Como vós estais tão ansioso para saber se estou pronta para tomar este jovem senhor como meu marido, respondo-lhe claramente: de jeito nenhum!” Tumulto na plateia, celebrante perplexo. Simon, o jovem prometido, sai furioso. E Odete é levada para casa sem cerimônia pelos pais, que estão furiosos e envergonhados com o escândalo causado pela filha no meio da igreja. O casamento está apenas adiado, eles pensam. Eles acabarão por convencê-la a se casar com um partido rico. A bela jovem entra em seu quarto, encontra uma espada e corta a ponta do nariz para garantir que ninguém mais a queira. A mãe desmaia, o pai acaba aceitando a determinação da filha. Ela quer se tornar freira. Ela finalmente entra em no mosteiro premostratense de Rivreulle (atualmente diocese de Tournai) em Brabante, onde leva uma vida exemplar e penitente. Por um momento afastada da comunidade, suspeita de ter contraído lepra, recuperou-se e juntou-se às irmãs que a escolheram como prioresa. Ela aceita esta função apenas porque lhe permite cuidar dos pobres que batem à porta do mosteiro.
Filipe de Harveng (1), famoso prior da Abadia da Boa Esperança, compôs a Vita sanctae Odae virginis (vida de Santa Oda virgem), na qual ele exalta seu desapego do mundo, o seu heroísmo ascético, a sua caridade com o próximo, a sua paciência nas enfermidades.
Embora o culto a Oda não tenha sido confirmado formalmente, a devoção popular continua.
Abadia da Boa Esperança, patrimônio da região da Valônia |
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