domingo, 5 de fevereiro de 2023

EVANGELHO DO DIA 5 DE FEVEREIRO

Evangelho segundo São Mateus 5,13-16. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Vós sois o sal da Terra. Mas se ele perder a força, com que há de salgar-se? Não serve para nada, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem se acende uma lâmpada para a colocar debaixo do alqueire, mas sobre o candelabro, onde brilha para todos os que estão em casa. Assim deve brilhar a vossa luz diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Gregório de Nissa
(335-395) 
Monge, bispo 
A fundação da Igreja 
«Assim deve brilhar a vossa luz diante dos homens» 
A fundação da Igreja é uma criação do mundo; nela, na expressão do profeta (cf Is 65,17), foi criado um novo Céu -- que é «a solidez da fé em Cristo», como diz São Paulo (Col 2,5) --, foi fundada uma nova Terra, «que bebe a chuva que cai sobre ela» (Heb 6,7), foi modelado outro homem, renovado pelo nascimento do alto, à imagem do seu Criador; torna-se outra a natureza dos astros, dos quais se diz: «Vós sois a luz do mundo» e «Brilhais como luzes para o mundo» (Fil 2,15) e como astros numerosos que se erguem no firmamento da fé. Não é de admirar que haja, neste mundo novo, uma multidão de astros contada e nomeada por Deus. E o Criador de tais astros afirma que o nome deles está escrito nos Céus -- pois é deste modo que interpreto aquelas palavras do autor desta nova criação: «Os vossos nomes estão escritos nos Céus» (Lc 10,20). A multidão de astros que o Verbo aí criou não é o único paradoxo desta nova criação: há também o número de sóis criados, que iluminam toda a Terra habitada com os raios das suas boas obras, como diz o Autor destes sóis: «Assim deve brilhar a vossa luz diante dos homens» e também: «Os justos brilharão como o Sol» (Mt 13,43). Assim como o homem que observa o mundo sensível e conhece a sabedoria manifestada pela beleza das suas realidades deduz do que viu a beleza invisível e a fonte desta sabedoria cujo fluxo estabelece a natureza dos seres, assim também aquele que fixa o olhar no mundo novo da criação da Igreja vê neste mundo Aquele que é e Se torna tudo em todos, e conduz o seu conhecimento pelo caminho das realidades finitas e compreensíveis até chegar ao incompreensível.

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