Evangelho segundo São Marcos 6,30-34.
Naquele tempo, os apóstolos voltaram para junto de Jesus e contaram-Lhe tudo o que tinham feito e ensinado.
Então Jesus disse-lhes: «Vinde comigo para um lugar isolado e descansai um pouco». De facto, havia sempre tanta gente a chegar e a partir que eles nem tinham tempo de comer.
Partiram, então, de barco para um lugar isolado, sem mais ninguém.
Vendo-os afastar-se, muitos perceberam para onde iam; e, de todas as cidades, acorreram a pé para aquele lugar e chegaram lá primeiro que eles.
Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e compadeceu-Se de toda aquela gente, porque eram como ovelhas sem pastor. E começou a ensinar-lhes muitas coisas.
Tradução litúrgica da Bíblia
Monge, bispo
Sermão Morin 26,§§2-5;PLS IV*,297-299
«Jesus viu uma grande multidão e
compadeceu-Se de toda aquela gente»
A verdadeira misericórdia que está nos Céus (cf Sl 35, 6) é Cristo Nosso Senhor. Tão doce e boa é esta misericórdia que, sem que ninguém a procurasse, desceu dos Céus e abaixou-Se para nos elevar.
Cristo prometeu ficar connosco até ao fim dos tempos, como Ele mesmo disse no Evangelho: «Eis que Eu estarei convosco até ao fim dos tempos» (Mt 28,20). Vede como é grande a sua bondade, meus irmãos: Ele, que já está no Céu à direita do Pai, continua a desejar penar connosco na Terra. Quer ter fome e sede connosco, quer sofrer connosco, quer ser um estrangeiro connosco e nem sequer Se recusa a morrer e a ser encarcerado connosco (cf Mt 25,35s). Vede que grande amor Ele tem por nós: na sua indizível ternura, quer sofrer em nós todos esses males.
Sim, a verdadeira misericórdia vinda do Céu, isto é, Cristo Senhor nosso, criou-te quando ainda não existias, procurou-te quando andavas perdido e resgatou-te quando tinhas sido vendido. E ainda agora Cristo Se digna incorporar-Se na humanidade todos os dias; mas, infelizmente, nem todos os homens aceitam abrir-Lhe a porta do seu coração.
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