São Pedro Nolasco nasceu numa família ilustre, que habitava perto de Carcassonne, na França, no final do Século XII. Infelizmente, seus pais morreram quando era ainda um adolescente. Durante toda a sua vida, Pedro se aplicou na prática da caridade para com o próximo.
A heresia dos Albigenses assolava, então, o Centro da França. Para se afastar desse perigo, Pedro vendeu seu patrimônio e partiu para a Espanha, onde foi chamado pelo rei Tiago de Aragão, mais precisamente para Barcelona, e ali aplicou toda a sua fortuna no resgate dos que haviam sido feitos prisioneiros pelos Sarracenos. Mas, para ele, sacrificar seus bens não bastava para realizar a caridade que trazia consigo. Pedro queria vender-se a si próprio para livrar seus irmãos e assumir os grilhões que lhes pesavam. Une noite, enquanto orava sonhando com a libertação dos cativos, a Santa Virgem lhe apareceu, pedindo-lhe que fundasse, em Sua honra, uma Ordem religiosa consagrada a esta obra de caridade. Pedro apressou-se em obedecer a este pedido celestial, ainda mais porque o rei e Raimundo de Pennafort também haviam recebido, ao mesmo tempo, a mesma revelação.
Pedro, então, fundou a Ordem de Nossa Senhora das Mercês pela Redenção dos Cativos. O caráter particular desta Ordem é que, aos três votos convencionais (pobreza, obediência, castidade), Pedro adicionou um quarto voto: fazer-se prisioneiro, em caso de necessidade, em troca da libertação de cristãos.
A este exemplo heróico de caridade, Pedro adicionou o de todas as virtudes. Favorecido com o dom da profecia, Pedro Nolasco predisse ao rei de Aragão a conquista do reino de Valencia sobre os Mouros. Era agraciado por freqüentes aparições do seu Anjo da Guarda e da Santíssima Virgem Mãe de Deus.
Enfim, acabrunhado pela idade, pelo trabalho e pela penitência, Pedro recebeu o aviso de que a hora de sua morte se aproximava. Ele ainda exortou seus irmãos à caridade para com os cativos, enquanto lhe administravam a Unção dos Enfermos. Depois, dizendo essas palavras: «O Senhor enviou a redenção ao seu povo», ele entregou sua alma a Deus, em plena noite de Natal do ano de 1256.
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Tradução e Adaptação:
Gisèle do Prado
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