Dificilmente alguém associaria um nome tão corrente quanto o de Mário à memória desse pai de família. Tratava-se de um nobre persa conduzido a Roma para visitar o sepulcro do apóstolo Pedro. Assim que chegou, vendo-se em meio a uma sangrenta perseguição (a do imperador Cláudio), consagrou-se, juntamente com a esposa, Marta, e os filhos, Audífax e Ábaco, à piedosa tarefa de sepultar os cristãos martirizados.
Durante esta viagem São Mário ajudou várias famílias cristãs, dando sepultura digna aos seus entes queridos mortos pelas perseguições. Foram mais de 260 mártires, cujos corpos jaziam insepultos.
Esta intrépida família, por fim, também pagou com a palma do martírio esse gesto de caridade e assim, toda a família de Mário foi detida com base na simples acusação de ser cristã. E, embora não sendo — segundo parece — cidadãos romanos, três deles tiveram o privilégio (se assim se pode dizer) de ser decapitados.
Marta, por outro lado, foi lançada ao Tibre, morrendo afogada. Encarregaram-se os demais irmãos cristãos de recompor seus restos mortais e sepultá-los no cemitério romano chamado Ad Nymphas.
Enquanto seus nomes e a data do sepultamento são dados como certos, a Passio [Paixão] (que relata seu martírio) remonta ao século VI: - Nela se lê que os quatro cristãos, levados à presença do prefeito Flaviano, foram instados em vão a oferecer sacrifício aos deuses.
Era o que exigia o imperador: quando se suspeitava que alguém fosse cristão, impunha-se-lhe um ato de adesão ao culto dos gentios, adorando a estátua do imperador ou queimando incenso diante de um ídolo. A recusa implicava a pena de morte.
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