quinta-feira, 13 de outubro de 2022

EVANGELHO DO DIA 13 DE OUTUBRO

Evangelho segundo São Lucas 11,47-54. 
Naquele tempo, disse o Senhor aos doutores da lei: «Ai de vós, porque edificais os túmulos dos profetas, quando foram os vossos pais que os mataram. Assim dais testemunho e aprovação às obras dos vossos pais, porque eles mataram-nos e vós levantais os monumentos. É por isso que a Sabedoria de Deus disse: "Eu lhes enviarei profetas e apóstolos; e eles hão de matar uns e perseguir outros". Mas Deus vai pedir contas a esta geração do sangue de todos os profetas, que foi derramado desde a criação do mundo, desde o sangue de Abel até ao sangue de Zacarias, que pereceu entre o altar e o Santuário. Sim, Eu vos digo que se pedirão contas a esta geração. Ai de vós, doutores da lei, porque tirastes a chave da ciência: vós não entrastes e impedistes os que queriam entrar!». Quando Jesus saiu dali, os escribas e os fariseus começaram a persegui-lo terrivelmente e a provocá-lo com perguntas sobre muitas coisas, armando-Lhe ciladas, para O surpreenderem nalguma palavra da sua boca. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Gregório de Nazianzo 
(330-390) 
Bispo, doutor da Igreja 
 3.º discurso teológico 
«Começaram a persegui-lo terrivelmente 
e a provocá-lo» 
Houve um tempo em que Aquele que agora desprezas estava acima de ti; em que Aquele que agora é homem era eternamente perfeito. Ele era no princípio, sem causa; depois, submeteu-Se às contingências deste mundo. Fê-lo para te salvar, a ti que O insultas, a ti que desprezas a Deus só porque Ele tomou a tua natureza grosseira. Ele foi envolvido em panos mas, ao levantar-Se do túmulo, libertou-Se da sua mortalha. Deitaram-no numa manjedoura, mas foi glorificado pelos anjos, anunciado por uma estrela, adorado pelos magos. Teve de fugir para o Egito, mas libertou esse país da superstição. Não tinha «forma nem beleza» (Is 53,2) diante dos seus inimigos, mas para David era «o mais belo dos filhos dos homens» (Sl 44,3) e resplandeceu no alto da montanha, mais deslumbrante que o Sol (cf Mt 17,1ss). Como homem foi batizado, mas como Deus apagou os nossos pecados; não precisava de ser purificado, mas quis santificar as águas. Como homem foi tentado, mas como Deus triunfou, Ele que «venceu o mundo» (Jo 16,8). Teve fome, mas alimentou milhares, Ele que é «o pão vivo descido do Céu» (Jo 6,48). Teve sede, mas exclamou: «Se alguém tem sede, que venha a Mim e beba» (Jo 7,37). Conheceu a fadiga, mas é o repouso de todos os que «andam sobrecarregados e abatidos» (Mt 11,28). Deixou que Lhe chamassem «samaritano e possesso do demónio» (Jo 8,48), mas é Ele quem salva o homem que caiu nas mãos dos salteadores (cf Lc 10,29ss) e afugenta os demónios. Ora, mas é Ele quem escuta as orações. Chora, mas é Ele que faz cessar as lágrimas. É vendido por preço vil, mas é Ele que resgata o mundo e por um grande preço: o seu próprio sangue. Como ovelha é conduzido à morte, mas foi Ele quem conduziu Israel às verdadeiras pastagens (cf Ez 34,14), tal como hoje o faz com toda a Terra. Como cordeiro cala-Se, mas é a Palavra anunciada pela voz daquele que clama no deserto (cf Mc 1,3). Foi enfermo e ferido, mas é Ele que cura todas as doenças e enfermidades (cf Mt 9,35). Foi elevado sobre o madeiro e nele foi pregado, mas é Ele quem nos restaura pela árvore da vida. Morreu, mas faz viver e destruiu a morte. Foi sepultado, mas ressuscitou e, subindo ao Céu, liberta as almas dos infernos.

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