segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Beato Columba Marmion

Beato Columba Marmion, sacerdote beneditino. 
Reformador desta Ordem. 
Era irlandês de pai e francês de mãe. 
O Beato Columba José Marmion nasceu em Dublim (Irlanda), no dia 1 de abril de 1858, de pai irlandês e mãe francesa. Três das suas irmãs consagraram-se a Deus numa Congregação Religiosa chamada "Irmãs da Misericórdia". Ingressou no Seminário diocesano de Dublim aos dezesseis anos, e terminou os seus estudos de teologia no Colégio "de Propaganda Fide", em Roma; foi ordenado sacerdote no dia 16 de junho de 1881. Sonhava ser monge missionário na Austrália, mas deixou-se cativar pela atmosfera litúrgica da nova Abadia de Maredsous, que tinha sido fundada na Bélgica em 1872, onde foi visitar um companheiro de estudos antes de regressar à Irlanda. Quis ingressar nesse mosteiro, mas o seu Bispo pediu-lhe que esperasse algum tempo. No seu ministério sacerdotal, de 1881 a 1886, conservou o zelo pastoral de missionário desempenhando várias funções: vigário em Dundrum, professor no Seminário Maior de Clonliffe, capelão de um convento de monjas redentoristas e de um cárcere feminino. Mas o seu grande desejo era tornar-se monge beneditino, cuja permissão lhe foi dada só em 1896 para ingressar na Abadia de Maredsous na diocese de Namur (Bélgica). O seu noviciado entre monges mais jovens foi difícil, pois teve de mudar de costumes, cultura e língua; entretanto, esforçou-se na formação da disciplina monástica e assim pôde emitir os votos solenes no dia 10 de fevereiro de 1891. A partir desse momento, viveu intensamente o espírito monástico beneditino e a sua influência espiritual atingiu sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos, orientando-os para uma vivência deveras cristã através dos seus escritos ("Cristo, vida da alma", "Cristo nos seus mistérios" e "Cristo, ideal do monge"), dos retiros e da direção espiritual. Todos estes livros tiveram uma influência considerável na formação espiritual de seminaristas, do clero, dos religiosos e religiosas, dos leigos, também no Brasil. É considerado um dos grandes mestres espirituais do séc. XX. Foi cogitada sua vinda ao Brasil (Olinda), em 1896, para ajudar Dom Gerardo van Caloen e demais monges alemães e belgas, que no ano anterior tinham iniciado a restauração da vida monástica no país. Declarou-se disponível, mas ao final seu abade não permitiu sua saída da Bélgica. Já abade, escreverá a Dom Gerardo: “A obra (de restauração) do Brasil tem as minhas simpatias mais sinceras e quero favorecer toda verdadeira vocação (para aí) (carta de 20/10/1909). Exerceu cargos importantes, como Diretor espiritual, Professor e Prior da Abadia de Mont-César, em Lovaina, e 3° Abade de Maredsous. Quando faleceu, a 30 de janeiro de 1923, vítima de uma epidemia de gripe, muitos dos seus contemporâneos o consideravam um santo e mestre de vida espiritual. Foi beatificado pelo Papa São João Paulo II, em Roma, a 03 de setembro de 2000, no contexto do Ano Santo juntamente com os Papas Pio IX, João XXIII, o arcebispo de Gênova, Tomas Reggio e o sacerdote francês Guilherme José Chaminade. Trecho da homilia de beatificação: Hoje, a Ordem Beneditina está encantada com a beatificação de um de seus filhos mais ilustres, Dom Columba Marmion, monge e abade de Maredsous. Dom Marmion deixou um autêntico tesouro de ensino espiritual para a Igreja de nosso tempo. Nos seus escritos, ele ensina um caminho de santidade, simples e ainda exigente, para todos os fiéis, que Deus, por amor, pretendia ser seus filhos adotivos em Cristo Jesus (cf. Ef 1, 5). Jesus Cristo, nosso Redentor e fonte de toda graça, é o centro de nossa vida espiritual, nosso modelo de santidade.

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