segunda-feira, 12 de setembro de 2022

EVANGELHO DO DIA 12 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 7,1-10. 
Naquele tempo, quando Jesus acabou de falar ao povo, entrou em Cafarnaum. Um centurião tinha um servo a quem estimava muito e que estava doente, quase a morrer. Tendo ouvido falar de Jesus, enviou-Lhe alguns anciãos dos judeus para Lhe pedir que fosse salvar aquele servo. Quando chegaram à presença de Jesus, os anciãos suplicaram-Lhe insistentemente: «Ele é digno de que lho concedas, pois estima a nossa gente e foi ele que nos construiu a sinagoga». Jesus acompanhou-os. Já não estava longe da casa, quando o centurião Lhe mandou dizer por uns amigos: «Não Te incomodes, Senhor, pois não mereço que entres em minha casa, nem me julguei digno de ir ter contigo. Mas diz uma palavra e o meu servo será curado. Porque também eu, que sou um subalterno, tenho soldados sob as minhas ordens. Digo a um "vai" e ele vai; e a outro "vem" e ele vem; e ao meu servo "faz isto" e ele faz». Ao ouvir estas palavras, Jesus sentiu admiração por ele e, voltando-Se para a multidão que O seguia, exclamou: «Digo-vos que nem mesmo em Israel encontrei tão grande fé». Ao regressarem a casa, os enviados encontraram o servo de perfeita saúde. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Francisco de Assis 
(1182-1226) 
Fundador da Ordem dos Frades Menores 
Primeira Regra, 17 
«Não mereço que entres em minha casa» 
No amor que é Deus, suplico a todos os meus irmãos – aos que pregam, aos que oram, aos que trabalham manualmente, aos clérigos e aos leigos – que invistam na humildade em tudo: que não se ufanem, que não encontrem alegria ou se orgulhem interiormente com as boas palavras e as boas ações que Deus diz ou realiza por vezes neles ou através deles. Pois diz o Senhor: «Não vos alegreis porque os espíritos vos obedecem» (Lc 10,20). Convençamo-nos firmemente de que, por nós, só temos erros e pecados; e rejubilemos nas provações que temos de suportar na alma e no corpo, e em todo o tipo de angústias e de tribulações neste mundo, com vista à vida eterna. Irmãos, evitemos o orgulho e a vã glória. Evitemos a sabedoria deste mundo e a prudência egoísta. Pois aquele que é escravo das suas tendências egoístas investe muito esforço e aplicação na formulação de discursos, mas muito menos na passagem aos atos; em lugar de procurar a religião e a santidade interiores do espírito, quer e deseja uma religião e uma santidade exteriores e visíveis aos olhos dos homens. É sobre eles que o Senhor diz: «Em verdade vos digo, receberam a sua recompensa» (Mt 6,5). Pelo contrário, aquele que é dócil ao Espírito do Senhor quer mortificar e humilhar aquilo que é egoísta, vil e abjeto na carne. Dedica-se à humildade e à paciência, à simplicidade pura e à verdadeira paz de espírito; aquilo que deseja sempre e acima de tudo é o temor de Deus, a sabedoria de Deus e o amor de Deus Pai, Filho e Espírito Santo.

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