segunda-feira, 1 de agosto de 2022

EVANGELHO DO DIA 1 DE AGOSTO

Evangelho segundo São Mateus 14,13-21. 
Naquele tempo, quando Jesus ouviu dizer que João Batista tinha sido morto, retirou-Se num barco para um local deserto e afastado. Mas, logo que as multidões o souberam, deixando as suas cidades, seguiram-no por terra. Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e, cheio de compaixão, curou os seus doentes. Ao cair da tarde, os discípulos aproximaram-se de Jesus e disseram-Lhe: «Este local é deserto e a hora avançada. Manda embora toda esta gente, para que vá às aldeias comprar alimento». Mas Jesus respondeu-lhes: «Não precisam de se ir embora; dai-lhes vós de comer». Disseram-Lhe eles: «Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes». Disse Jesus: «Trazei-mos cá». Ordenou, então, à multidão que se sentasse na relva. Tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao Céu e recitou a bênção. Depois, partiu os pães e deu-os aos discípulos, e os discípulos deram-nos à multidão. Todos comeram e ficaram saciados. E, dos pedaços que sobraram, encheram doze cestos. Ora, os que comeram eram cerca de cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São João Paulo II(1920-2005)papa 
Encíclica «Ecclesia de Eucharistia»,§§3-5
(trad. © Libreria Editrice Vaticana) 
Tomou os cinco pães, ergueu os olhos 
ao Céu e recitou a bênção. 
Depois, partiu os pães e deu-os aos discípulos 
Do mistério pascal nasce a Igreja. Por isso mesmo, a Eucaristia, que é o sacramento por excelência do mistério pascal, está colocada no centro da vida eclesial. Isto é visível desde as primeiras imagens da Igreja que nos dão os Atos do Apóstolos: «Eram assíduos ao ensino dos apóstolos, à união fraterna, à fração do pão, e às orações» (2, 42). Na «fração do pão», é evocada a Eucaristia. Dois mil anos depois, continuamos a realizar aquela imagem primordial da Igreja. E, ao fazê-lo na celebração eucarística, os olhos da alma voltam-se para o Tríduo Pascal: para o que se realizou na noite de Quinta-feira Santa, durante a Última Ceia, e nas horas sucessivas. A agonia no Getsémani foi o prelúdio da agonia na cruz de Sexta-feira Santa: a hora santa, a hora da redenção do mundo a hora da glorificação. Até àquele lugar e àquela hora se deixa transportar em espírito cada presbítero ao celebrar a Santa Missa, juntamente com a comunidade cristã que nela participa. Mysterium fidei! - «Mistério da fé!». Quando o sacerdote pronuncia ou canta estas palavras, os presentes aclamam: «Anunciamos, Senhor, a vossa morte, proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!». Com estas palavras ou outras semelhantes, a Igreja, ao mesmo tempo que apresenta Cristo no mistério da sua Paixão, revela também o seu próprio mistério: «Ecclesia de Eucharistia». Se é com o dom do Espírito Santo, no Pentecostes, que a Igreja nasce e se encaminha pelas estradas do mundo, um momento decisivo da sua formação foi certamente a instituição da Eucaristia no Cenáculo. O seu fundamento e a sua fonte é todo o Tríduo Pascal, mas este está de certo modo guardado, antecipado e «concentrado» para sempre no dom eucarístico. Neste, Jesus Cristo entregava à Igreja a atualização perene do mistério pascal.

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