segunda-feira, 11 de julho de 2022

EVANGELHO DO DIA 11 DE JULHO

Evangelho segundo São Mateus 19,27-29. 
Naquele tempo, disse Pedro a Jesus: «Nós deixámos tudo para Te seguir. Que recompensa teremos?». Jesus respondeu: «Em verdade vos digo: no mundo renovado, quando o Filho do homem vier sentar-Se no seu trono de glória, também vós que Me seguistes vos sentareis em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel. E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou terras por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá como herança a vida eterna». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Bento XVI papa de 2005 a 2013 
Audiência geral de 9/4/08 
© Libreria Editrice Vaticana 
São Bento, padroeiro da Europa 
Gostaria hoje de falar de São Bento, o fundador do monaquismo ocidental, que é também o padroeiro do meu pontificado. Começo com umas palavras de São Gregório Magno, que escreve sobre São Bento: «O homem de Deus que brilhou nesta Terra com tantos milagres não resplandeceu menos pela eloquência com que soube expor a sua doutrina» (Dial. II,36). O grande papa escreveu estas palavras no ano de 592; o santo monge tinha falecido 50 anos antes e ainda estava vivo na memória do povo, sobretudo na florescente ordem religiosa por ele fundada. São Bento de Núrcia exerceu, com a sua vida e a sua obra, uma influência fundamental sobre o desenvolvimento da civilização e da cultura europeias. Entre os séculos V e VI, o mundo esteve envolvido numa tremenda crise de valores e de instituições, causada pela queda do Império Romano, pela invasão dos novos povos e pela decadência dos costumes. Com a apresentação de São Bento como «astro luminoso», Gregório queria indicar, nesta situação atormentada, precisamente aqui nesta cidade de Roma, a saída da «noite escura da história». De facto, a obra do santo e, de modo particular, a sua Regra foram portadoras de um autêntico fermento espiritual, que mudou, no decorrer dos séculos, muito para além dos confins da sua pátria e do seu tempo, o rosto da Europa, suscitando, depois da queda da unidade política criada pelo Império Romano, uma nova unidade espiritual e cultural, a da fé cristã partilhada pelos povos do continente. Foi precisamente assim que surgiu a realidade à qual chamamos «Europa».

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