quinta-feira, 2 de junho de 2022

EVANGELHO DO DIA 2 DE JUNHO

Evangelho segundo São João 17,20-26. 
Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao Céu e disse: «Pai santo, não peço somente por eles, mas também por aqueles que vão acreditar em Mim por meio da sua palavra, para que eles sejam todos um, como Tu, Pai, o és em Mim e Eu em Ti, para que também eles sejam um em Nós e o mundo acredite que Tu Me enviaste. Eu dei-lhes a glória que Tu Me deste, para que sejam um, como Nós somos um: Eu neles e Tu em Mim, para que sejam consumados na unidade, e o mundo reconheça que Tu Me enviaste e que os amaste como a Mim. Pai, quero que onde Eu estou, também estejam comigo os que Me deste, para que vejam a minha glória, a glória que Me deste, por Me teres amado antes da criação do mundo. Pai justo, o mundo não Te conheceu, mas Eu conheci-Te, e estes reconheceram que Tu Me enviaste. Dei-lhes a conhecer o teu nome e dá-lo-ei a conhecer, para que o amor com que Me amaste esteja neles, e Eu esteja neles». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santa Teresinha do Menino Jesus
(1873-1897) 
Carmelita, doutora da Igreja 
Manuscrito autobiográfico C, 
Edições Carmelo, 2000, 34r-35r 
«Pai, quero que onde Eu estou, também 
estejam comigo os que Me deste» 
Gostaria de poder dizer-Vos, ó meu Deus: «Glorifiquei-Vos sobre a Terra; cumpri a obra que me confiastes; dei a conhecer o vosso nome àqueles que me destes. Eles eram vossos e Vós mos destes. Meu Pai, desejo que onde eu estiver, aí estejam comigo aqueles que me destes, e que o mundo conheça que os amastes como Me amastes a Mim mesmo». Sim, Senhor, eis o que gostaria de repetir convosco, antes de voar para os vossos braços. Será temeridade? Ah, não! Há muito tempo que me permitistes ser audaciosa convosco. Como o pai do filho pródigo, falando ao filho mais velho, Vós dissestes-me: «Tudo o que é meu é teu» (Lc 15,31). As vossas palavras, ó Jesus, são portanto minhas e posso servir-me delas para atrair sobre as almas que estão unidas a mim os favores do Pai celeste. O vosso amor precedeu-me desde a minha infância, cresceu comigo, e agora é um abismo, cuja profundidade não consigo sondar. O amor atrai o amor; por isso, meu Jesus, o meu lança-se para Vós e quereria encher o abismo que o atrai mas, pobre de mim!, nem chega a ser uma gota de orvalho perdida no oceano!… Para Vos amar como Vós me amais, preciso de me servir do vosso próprio amor; só então encontro repouso. Ó meu Jesus, é talvez uma ilusão, mas parece-me que não podeis cumular nenhuma alma com mais amor do que cumulastes a minha. É por isso que ouso pedir-Vos que ameis aqueles que me destes como me amastes a mim. Um dia, no Céu, se descobrir que os amais mais do que a mim, alegrar-me-ei com isso, reconhecendo desde já que essas almas merecem o vosso amor muito mais do que a minha. Mas cá na Terra, não posso conceber maior imensidade de amor do que a que Vos dignastes prodigar-me gratuitamente, sem nenhum mérito da minha parte.

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