Evangelho segundo São João 16,5-11.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Agora vou para Aquele que Me enviou e nenhum de vós Me pergunta: "para onde vais?".
Mas por Eu vos ter dito estas coisas, o vosso coração encheu-se de tristeza.
No entanto, Eu digo-vos a verdade: é do vosso interesse que Eu vá. Se Eu não for, o Paráclito não virá a vós; mas se Eu for, Eu vo-lo enviarei.
Quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do julgamento:
do pecado, porque não acreditam em Mim;
da justiça, porque vou para o Pai e não Me vereis mais;
do julgamento, porque o príncipe deste mundo já está condenado».
Tradução litúrgica da Bíblia
Eremita e missionário no Saara
§ 85, Salmo 43
«É do vosso interesse que eu vá»
Quando vemos que a graça de Deus nos sustenta menos, que diminui em nós, que quase nos abandona, guardemo-nos de desanimar. Esta diminuição e este afrouxamento são na mesma uma graça, a que nos é mais útil para este momento. Trata-se, aos olhos de Deus, do meio mais eficaz de nos arrancar ao sono e à lassidão, de nos levar a abrir os olhos e a ver que deixámos o bom caminho, que caminhamos para a nossa perda.
Longe de desanimar, agradeçamos-lhe profundamente por assim nos abrir os olhos e empenhemo-nos em fazer um sério exame de consciência, em examinar as nossas infidelidades, em procurar os meios para não voltar a cometê-las; vigiemo-nos, façamos bons propósitos e esforcemo-nos por levá-los à prática. Rezemos, peçamos a Deus que nos dê as suas graças, prometamos-Lhe ser mais fiéis no futuro do que fomos no passado e, cheios de humildade, de vigilância e de bons desejos, comecemos uma nova vida.
Se assim fizermos, a graça divina ser-nos-á dada com maior abundância que anteriormente e aquela subtração momentânea da ajuda de Deus terá correspondido à sua intenção: ser uma fonte de maiores bens, um meio muito eficaz de nos converter.
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