São Bruno de Würzburg nasceu em 1005, era filho do duque Conrado I e de Matilde da Suábia, parente do Papa Gregório V e dos imperadores Conrado II e Henrique III, Bruno foi chefe da chancelaria imperial italiana de 1027 a 1034, quando Conrado II nomeou-o sucessor do bispo Meinhard, falecido em 22 de março de 1034, na sede episcopal de Würzburg.
Cheio de zelo, cuidou da educação do clero e escreveu um conhecido comentário sobre os Salmos, ao qual ele anexou uma análise de dez hinos bíblicos, basicamente um conjunto de trechos de obras dos Padres da Igreja. Fundou e restaurou muitas igrejas na diocese, reconstruiu sua catedral, na maior parte, às suas próprias custas.
Em 1040, acompanhou Henrique III em uma viagem pela Alemanha e, em 1042, tomou todas as providências do contrato matrimonial de Henrique III com Agnes de Poitou, filha de Guilherme da Aquitânia.
Em 1045, seguiu o imperador em sua segunda campanha contra os húngaros. O cortejo de Henrique III parou na residência da condessa Richlinde de Ebersberg, que enfrentava a tarefa de distribuir as terras e propriedades de seu recém-falecido marido, o conde Adalbero II de Ebersberg. Durante um grande banquete servido pela condessa, um pilar que sustentava o salão de jantar ruiu, provocando o desmoronamento de todo o piso. O rei ficou apenas um pouco ferido, mas a condessa, Bruno e o abade Altmann da Abadia de Ebersberg ficaram tão feridos que não sobreviveram mais que uns dias. Bruno sofreu ferimentos tão graves que, após uma semana de sofrimento, morreu no dia 27 de maio de 1045. Seu corpo foi levado de volta para Würzburg, onde a consagração da cripta da catedral, 16 de junho de 1045 foi então combinada com a cerimônia de seu funeral.
Segundo a tradição, o Senhor queria glorificar o santo com numerosos milagres, tanto que o povo pensou em recorrer a Roma para a canonização (1237), mas Gregório IX respondeu com um Breve (1238) ordenando realizar um exame dos milagres e enviar-lhe o relatório. Tendo cumprido o pedido de Gregório, Inocêncio IV ordenou, por sua vez, reunir informações sobre a vida e as virtudes do bispo, porque "nem méritos sem milagres, nem milagres sem méritos são suficientes para constituir uma reputação de santidade". Não sabemos ao certo se essa segunda ordem foi realizada: sabemos, no entanto, que Bruno foi inserido por Baronio no Martyrology romano sendo celebrado no dia 27 de maio.
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