quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

Santa Mariana de Jesus

Mariana de Jesus de Paredes e Flores é a primeira santa da república do Equador. Nasceu em Quito, em 31 de outubro de 1618. Foi a oitava e última dos filhos do capitão espanhol, Jerônimo Flores de Paredes e de Mariana Granobles Jaramillo. Ficou órfã de pai aos quatro anos de idade, e de mãe aos seis. Foi educada por sua irmã mais velha, Jerônima. Mariana fez a Primeira Comunhão aos sete anos, e fez voto de virgindade. Assumiu o nome de Mariana de Jesus. Fez os exercícios espirituais e, como Santa Teresa, quis fugir de sua casa com uma prima para ir a evangelizar os índios Mainas. Esta iniciativa não teve êxito, como tampouco a de retirar-se a uma capela aos pés do vulcão Pichincha, para implorar a Virgem a proteção contra os perigos do vulcão. Sua família não a autorizou a entrar para as irmãs Franciscanas; então ela decidiu ingressar na Terceira Ordem de São Francisco e se retirou para uma alcova de sua própria casa. Vestiu-se com um Saial marrom e começou uma vida de completo recolhimento, de muitas orações e penitências. Mas tudo isso não mudou seu caráter alegre. Ela tocava violão, consolava os tristes, reconciliava negros e índios, e também fazia milagres. Mas sua saúde se ressentiu com as penitências as quais se ajuntaram dolorosas sangrias da parte dos médicos. Com os terremotos e as epidemias que aconteceram em Quito, em 1645, Marianita, como a chamavam, ofereceu sua vida por seus concidadãos. Em sua reclusão foi atacada por febre altíssima e fortes dores. Ao mesmo tempo que progredia sua enfermidade, ia diminuindo a peste na cidade e o terremoto havia cessado no momento de seu heróico oferecimento. Nos últimos três dias perdeu a voz e só no último dia aceitou que a colocassem num leito. Fazia tempo que havia expressado a seus familiares o desejo de que depois de morta a vestissem com o hábito franciscano que sempre teve em sua cela, enquanto por muitos anos levava o escapulário e o cordão da Terceira Ordem Franciscana, recebidos dos Frades Menores, por conselho de seu confessor. Predisse o dia e hora de sua morte, que aconteceu às 22 horas, do dia 26 de maio de 1645. Tinha 26 anos de idade. Sua morte foi chorada por toda a cidade. Nos lábios de todos estava esta expressão: “Morreu a Santa”. Seus funerais foram um triunfo, uma explosão de agradecimento e de profunda veneração pela admirável concidadã.

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