quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

EVANGELHO DO DIA 16 DE FEVEREIRO

Evangelho segundo São Marcos 8,22-26. 
Naquele tempo, Jesus e os seus discípulos chegaram a Betsaida. Trouxeram-Lhe então um cego, suplicando-Lhe que o tocasse. Jesus tomou o cego pela mão e levou-o para fora da localidade. Depois deitou-lhe saliva nos olhos, impôs-lhe as mãos e perguntou-lhe: «Vês alguma coisa?». Ele abriu os olhos e disse: «Vejo as pessoas, que parecem árvores a andar». Em seguida, Jesus impôs-lhe novamente as mãos sobre os olhos e ele começou a ver bem: ficou restabelecido e via tudo claramente. Então Jesus mandou-o para casa e disse-lhe: «Não entres sequer na povoação». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Juliana de Norwich (1342-1416) 
Mística inglesa 
Revelações do amor divino,cap.52 
«Vês alguma coisa?» 
Deus regozija-Se por ser nosso Pai, por ser nossa Mãe, por ser o nosso verdadeiro esposo e por ter a nossa alma por esposa bem-amada. Cristo regozija-Se por ser nosso irmão, Jesus regozija-Se por ser o nosso Salvador. Durante a nossa existência, nós, os que vamos ser salvos, conhecemos uma espantosa mistura de bem e de mal. Temos Nosso Senhor Jesus Cristo ressuscitado em nós, e temos também a miséria e a malícia da queda e da morte de Adão. Fomos tão afetados pela queda de Adão que, devido ao pecado e a outros sofrimentos, temos a sensação de estar mergulhados nas trevas; estamos cegos e pouco conforto sentimos. Mas permanecemos em Deus pela vontade e o desejo, e cremos com confiança na sua misericórdia e na sua graça: é assim que Ele opera em nós. Pela sua bondade, Ele abre o olhar do nosso entendimento, que umas vezes nos faz ver mais, outras vezes menos, consoante a capacidade que Ele nos dá. Tão depressa nos eleva, como permite que caiamos. Esta mistura é tão penosa que temos dificuldade em saber que caminho trilhamos, nós próprios e os nossos semelhantes em Cristo, de tal forma o que sentimos é mutável. O importante é dizer «sim» a Deus quando O ouvimos, querer estar verdadeiramente com Ele com todo o nosso coração, com toda a nossa alma, com todas as nossas forças (cf Mc 12,30), odiando e desprezando a nossa tendência para o mal. Esta encruzilhada está presente todos os dias da nossa vida.

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