sábado, 12 de fevereiro de 2022

12 De Fevereiro: Morte De Santo Alexis, Metropolita De Toda Rússia, O Milagroso († C. 1378)

Santo Alexis recebeu o nome de batismo de Eleutério. Era filho de um feudatário da cidade de Chernigov de nome Fedor Biakonta, de Moscou e teve como padrinho de batismo o Príncipe João Kalitá. Quando estava com 13 anos, sentiu um chamado especial de Deus. Um dia ele havia armado as redes para capturar pássaros e, de repente, ouvi uma voz que dizia: «Por que caças os pássaros, Alexis? Tu deves ser caçador de homens». O jovem Eleutério decidiu então dedicar sua vida a servir a Deus e foi consagrado monge no Monastério da Epifania, em Moscou, com o nome de Alexis. Lá, neste monastério, viveu por cerca de 20 anos, tornando-se conhecido por sua sabedoria e esforços espirituais. Para melhor compreender os escritos dos Padres da Igreja, aprendeu o idioma grego. O Metropolita Theognostos, de origem grega, estava precisando de um assistente russo para a direção da diocese e elegeu Alexis para o cargo. Durante 12 anos Alexis viveu na casa do Metropolita como seu assistente. Pouco antes da morte de Theognostos Alexis havia sido nomeado bispo de Vladimir. Após sua morte, no ano de 1353, foi eleito como seu sucessor. Santo Alexis dirigiu a Igreja numa época de muitos perigos, quando o poder do Grão-Duque, que governava Moscou, havia enfraquecido a ponto de ser ele mesmo governado por outros. Isso se deu na época do grão-duque João, o Vermelho, ficando ainda pior depois de sua morte, no ano de 1359. Como herdeiro do trono ficou Demétrio, com apenas oito anos de idade (mais tarde, herói de Don). O príncipe de Susdal tornou-se o Grão-Duque. Santo Alexis, apesar dos esforços persuasivos do novo Grão-Duque para que ficasse longe de Moscou, lá permaneceu cuidando para que o jovem Demétrio, apesar de sua pouca idade, mantivesse a sua dignidade de Grão-Duque. Aconselhava o jovem Demétrio, apaziguava os príncipes feudais e, por vezes, valia-se de severas medidas. O Metropolita Alexis recebia a ajuda e colaboração de seu contemporâneo, o Santo e Venerável Sérgio, abade de Radonezh, que cumpria encargos do Metropolita. Ia ao Baixo Novgorod y Riazan para apaziguar os príncipes revoltosos. Preocupando-se com o bem da Igreja e da pátria, Santo Alexis viajou 3 vezes à Horda. A primeira vez, como era a tradição naqueles tempos, logo após a sua posse como o Metropolita; a segunda, atendendo chamado do Kan Chanibek; A esposa do Kan Chanibek, Taidula, estava enferma há três anos, e já tinha perdido a visão. Entretanto, chegou à Horda o rumor da vida santa de Alexis. O Kan Chanibek escreveu ao Grão-Duque pedindo para que enviasse a Horda o santo Metropolita para que curasse Taidula. Do contrário, ameaçava devastar a terra russa. Náo houve, portanto, possibilidade de rejeição. O Santo confiou em Deus e foi apoiado por um sinal alentador: enquanto oficiava o Te Deum na Catedral diante do relicário do Metropolita Pedro, ficou preso, de repente, a uma vela. Ao chegar em Horda, o Metropolita Alexis celebrou um Te Deum pela recuperação das Taidula, e quando era aspergida e com água benta, recuperou de repente sua visão. Para lembrar este milagre, foi construído o Monastério do Milagre, localizado no Kremlin, na terra que foi presenteada por Taidula. Depois que retornou de Horda, o Santo Metropolita teve ainda de viajar para lá por 3 vezes novamente. O novo Kan Berdibek exigia dos príncipes russos um aumento de tributos, pois preparava uma guerra contra a terra russa. Com a ajuda de Taidula, Santo Alexis acalmou a fúria do Kan Berdibek, chegando até mesmo a receber o selo que confirmava os direitos da Igreja e do clero. Antes de sua morte, que aconteceu em 12 de fevereiro de 1378, Santo Alexis teve o consolo de ver reafirmado o trono do Grão-Ducado de Moscou e da Rússia a caminho da libertação do duro e multissecular jugo dos tártaros.

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