domingo, 2 de janeiro de 2022

RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE!VOTO E PROMESSA! - PADRE LIBÁRDI

PADRE HÉLIO DE PESSATO LIBÁRDI(+)
REDENTORISTA
Voto e promessa são a mesma coisa? 
Que confusão o povo apronta quando se trata de promessas! 
E não é para menos: como distinguir entre voto, promessa, juramento, intenção, proposta, propósito? 
O que nos interessa são as tais “promessas” feitas a qualquer hora e de qualquer forma, na maioria das vezes sem ter conhecimento do que se está fazendo. 
Voto é uma promessa feita a Deus de uma maneira deliberada e livre, de um bem melhor e possível. 
Ninguém está obrigado a prometer e não é possível prometer a Deus algo ruim. 
É um gesto de adoração a Deus, um gesto de ação de graças. 
Há votos públicos e particulares que dependem de orientação e formação, bem como da aceitação da Igreja. 
Há outros tantos que revelam a intenção da pessoa ou um contrato a ser feito. 
Mas todos eles procuram sempre um bem melhor, sem nada exigir. 
Cada um é livre para se obrigar por um voto. 
Supõe que a pessoa saiba o que está fazendo e queira fazer.
A intenção e o propósito não exigem a mesma fidelidade que o voto e o juramento exigem. 
As intenções e propósitos fazem parte de um projeto de vida e são pequenas ou grandes metas que colocamos para alcançar o objetivo. 
Mas em tudo isso vale sempre a fidelidade; assim diz o Salmo:
“Cumprirei os votos que fiz ao Senhor todos os dias de minha vida”. 
A confusão começa quando fazemos nossas promessas com a intenção de alcançar alguma graça de Deus ou dos santos. 
Há gente esclarecida que sabe o que faz.
Há gente que faz promessa no desespero, faz promessas que são verdadeiros castigos. 
Há outros com o mau costume de fazer promessas a toda hora; quando não fazem para outros cumprirem. 
O que é certo nessa confusão? 
Uma promessa não é um gesto para obrigar a Deus a nos atender. 
Não é um negócio, uma troca com Deus. 
É muito mais um pedido de intercessão, no qual determinamos o modo como vamos fazer nossa ação de graças. 
Na verdade é mais um propósito. 
Não podemos dizer que muitas promessas cheguem a ser um voto; faltam condições. 
Para ação de graças vamos oferecer coisas boas, nada que prejudique a nós ou a outros. 
Não se fazem promessas a torto e a direito. 
Não se faz promessa para outros cumprirem; pode-se cumprir na intenção do outro. 
Ninguém é obrigado a cumprir promessa que outros fizeram. 
Não se faz promessa no desespero, sem saber o que está fazendo. 
Não se deve fazer promessas para a vida inteira; as circunstâncias podem mudar e o que fazer depois? 
Para que fazer uma promessa de atravessar a passarela da Basílica de joelho no chão? 
É prejudicial à saúde. 
Jesus já falou que vale mais um coração arrependido que muitos sacrifícios. 
Muitas promessas não são válidas, porque faltam as condições e a lucidez de quem as faz. 
E se alguma não pode ser cumprida, fale com o sacerdote para que troque ou abrevie a promessa ou esclareça por que não valeu. 
O importante é ser agradecido a Deus. Jesus reclamou dos 10 leprosos, pois só um voltou para agradecer. 
DO LIVRO: RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE
-VOLUME 3 EDITORA SANTUÁRIO 
Pe. Hélio Libardi, C.Ss.R.

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