Evangelho segundo São João 3,22-30.
Naquele tempo, Jesus foi com os seus discípulos para a região da Judeia e ali convivia com eles e batizava.
Também João estava a batizar em Enon, perto de Salim, porque havia ali águas abundantes e vinha gente para ser batizada.
João, de facto, ainda não tinha sido lançado na prisão.
Então levantou-se uma discussão entre os discípulos de João e um judeu, acerca dos ritos de purificação.
Foram ter com João e disseram-lhe: «Rabi, aquele que estava contigo na margem de além-Jordão, aquele de quem deste testemunho, está a batizar, e toda a gente vai ter com Ele».
João declarou: «Um homem não pode tomar nada como próprio, se isso não lhe for dado do Céu.
Vós mesmos sois testemunhas de que eu disse: "Eu não sou o Messias, mas apenas o enviado à sua frente".
O esposo é aquele a quem pertence a esposa; mas o amigo do esposo, que está ao seu lado e o escuta, sente muita alegria com a voz do esposo. Pois esta é a minha alegria! E tornou-se completa!
Ele é que deve crescer, e eu diminuir».
Tradução litúrgica da Bíblia
Beneditino irlandês
Homilia sobre o Prólogo do
Evangelho de João,cap.16
«Ele é que deve crescer, e eu diminuir!»
«João não era a Luz, mas dava testemunho da Luz» (Jo 1,8). Se o precursor da Luz não era a Luz, porque se lhe dá o nome da lâmpada acesa (Jo 5,35) e de estrela da manhã? Ele era uma lâmpada acesa, uma lâmpada que ilumina, mas o fogo com que ardia não era o seu, a luz com que brilhava não era a sua. Ele era a estrela da manhã, mas não era a fonte da sua própria luz: a graça que ardia e resplandecia nele era a daquele de quem ele era o precursor. Ele não era a Luz, mas participava desta Luz: o que brilhava nele e por ele não era dele. Com efeito, criatura alguma, por muito dotada de razão ou de inteligência que seja, é luz por si mesma, na sua própria substância; todas participam da única Luz verdadeira, da Luz substancial que está em todas as coisas que a nossa inteligência vê brilhar.
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