Evangelho segundo São Lucas 3,23-38.
Ao iniciar o seu ministério, Jesus tinha cerca de trinta anos. Supunha-se que era filho de José; e este de Eli,
e assim sucessivamente: de Matat, de Levi, de Melqui, de Janai, de José, de Matatias, de Amós, de Naum, de Esli, de Nagaí,
de Maat, de Matatias, de Chimei, de Josec, de Jodá,
de Joanan, de Ressa, de Zorobabel, de Salatiel, de Neri,
de Melqui, de Adi, de Cosam, de Elmadam, de Er,
de Jesua, de Eliézer, de Jorim, de Matat, de Levi,
de Simeão, de Judá, de José, de Jonam, de Eliaquim,
de Meleá, de Mená, de Matatá, de Natan, de David,
de Jessé, de Obed, de Booz, de Salá, de Nachon,
de Aminadab, de Admin, de Arni, de Hesron, de Peres, de Judá,
de Jacob, de Isaac, de Abraão, de Tera, de Naor,
de Serug, de Ragau, de Péleg, de Éber, de Chela,
de Quenan, de Arfaxad, de Sem, de Noé, de Lamec,
de Matusalém, de Henoc, de Jared, de Maleleel, de Quenan,
de Enós, de Set, de Adão, de Deus.
Tradução litúrgica da Bíblia
Bispo, teólogo, mártir
Contra as heresias,III,22,3;23,1
«Filho de Adão»
Lucas apresenta uma genealogia que remonta do nascimento de Nosso Senhor até Adão e comporta setenta e duas gerações; deste modo, como que liga o fim ao principio, dando a entender que o Senhor foi Aquele que recapitulou em Si as nações dispersas desde Adão, as línguas e as gerações dos homens, incluindo o próprio Adão. É também por isso que Paulo chama a Adão «figura daquele que havia de vir» (Rom 5,14), porque o Verbo, artesão do Universo, tinha esboçado em Adão a história futura da humanidade, que o Filho de Deus assumiria. Ao tornar-Se o Primogénito de entre os mortos (cf Col 1,18), e ao receber no seu seio os seus antigos pais, o Senhor fê-los renascer para a vida de Deus; tornou-Se o primeiro e o príncipe dos vivos, porque Adão fora o príncipe dos mortos. Ao começar a sua genealogia no Senhor, fazendo-a remontar a Adão, Lucas indica que não foram seus pais que deram a vida ao Senhor, foi Ele que os fez renascer no evangelho da vida. Da mesma maneira, o nó da desobediência de Eva foi desatado pela obediência de Maria, porque a Virgem Maria desatou pela fé aquilo que a virgem Eva tinha atado pela sua incredulidade.
Era, pois, indispensável que, vindo ter com a ovelha perdida (cf Mt 18,12), recapitulando uma tão longa história, vindo à procura da sua obra, por Ele mesmo modelada (cf Lc, 19,10; Gn 2,8), o Senhor salvasse o homem que tinha sido feito à sua imagem e semelhança (cf Gn 1,26), isto é, Adão.
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