sábado, 2 de outubro de 2021

REFLETINDO A PALAVRA - "Imaculada Conceição"

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
53 ANOS CONSAGRADO
46 ANOS SACERDOTE
(Ao lado PADRE BRANDÃO+)
Ele nos escolheu
 
Celebramos a festa da Imaculada Conceição de Maria, e neste ano, comemoramos 150 anos da proclamação do Dogma. O Papa Pio IX reconheceu e confirmou o que a Igreja sempre acreditou: “que Maria, desde o primeiro instante de sua concepção foi livre da mancha do pecado original, em vista dos méritos de Jesus Cristo”. Esta fé atravessou os séculos da Igreja. Ela foi escolhida para gerar a vida, Jesus Cristo. Não podia acontecer que Jesus, Filho de Deus viesse ao mundo através de uma raiz contaminada pelo pecado original. Antes de Maria conceber Jesus, ela foi "concebida" por Deus na redenção de Cristo que é um acontecimento que salva não só os que vieram depois dEle, mas os homens de todos os séculos. Ela recebe, ao ser concebida, por um dom de Deus, o destino de todos: "Ele nos escolheu, antes da fundação do mundo para sermos santos e imaculados e irrepreensíveis a seus olhos, no amor" (Efésios 1,4). Deus deu a Maria, o que quer para todos. A ela, em totalidade, como dom; a nós, também privilegiados, em esperança. Somos escolhidos e chamados a assumir nossa parte, garantidos pela redenção de Cristo, como Maria. Paulo escreve: "Nele também nós receberemos nossa parte... nós fomos predestinados (como Maria) a sermos para o louvor de sua glória, os que de antemão colocaram sua esperança em Cristo". O dom especial de Maria é um dom para todos, pois fomos também escolhidos. Nela temos a certeza da escolha, a garantia de que chegaremos a vencer a mancha do peado original, por Deus, que nela o fez primeiro. 
Vencendo a correnteza 
A humanidade teve um belo início, conforme nos narra o livro do Gênesis. Mas cedendo à tentação, perdeu sua beleza original. A história do Paraíso não é um fato do passado, mas atual. O homem é tentado, tem a tendência ao mal e quer ser, pelo orgulho, quem decide sobre o bem e o mal. O projeto de Deus para o homem caído no pecado é que vença o mal, como dirá a Caim - o pecado está às portas como um animal acuado, podes acaso dominá-lo? (Gn 4,7). O mal quer invadir o mundo numa luta contra Jesus Cristo filho de Maria e todos nós os descendentes na fé: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela" (Gn 3,15). A força dos que buscam o bem leva-os a superar a correnteza do mal e implantar no mundo a caminhada ao Paraíso. Não há uma desesperança, pois a "mulher", através de Jesus Cristo Redentor, vai esmagar a cabeça da serpente. Fomos adotados como filhos, por intermédio de Jesus (Ef 1,5). 
"A mulher, Virgem Maria" 
Neste contexto, a Virgem Maria aparece como a escolhida de Deus, que a a tornara plena de toda a graça. "Ave Cheia de graça, o Senhor está contigo" (Lc 1,28). Ela é a mãe daquele que é Filho de Deus por obra do Espírito Santo. Para Deus nada é impossível. Maria responde: "Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo tua Palavra” (Lc,38). Maria é agraciada e, pessoalmente por uma adesão à Palavra de Deus. Cada um, na medida em que, como Maria, corresponde ao plano inicial de Deus, é redimido em Cristo. O papel de Maria ao corresponder dá-nos Cristo a redenção. Por isso a é a Mãe Virgem, Imaculada e co-redentora.
ARTIGO REDIGIDO E PUBLICADO
EM DEZEMBRO DE 2004

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