A Memória litúrgica foi definida, de acordo com a Carta Apostólica, 21 de outubro, o dia do baptismo dom Puglisi porque a 15 de setembro, o dia do seu nascimento e do seu martírio, a Igreja celebra a memória de Nossa Senhora das Sete Dores.
Giuseppe Puglisi, dito Pino Puglisi ou "3P" (Padre Pino Puglisi), o terceiro de quatro filhos, nasceu em Palermo, a 15 de Setembro de 1937 e foi baptizado em 21 de outubro. A sua família é modesta: seu pai é sapateiro e sua mãe costureira.
Em 1953, aos 16 anos, entrou para o seminário diocesano de Palermo onde foi ordenado sacerdote pelo cardeal Ernesto Ruffini a 2 de julho de 1960, no santuário de Nossa Senhora dos Remédios.
Em 1961, foi nomeado vigário da paróquia de São Salvador na freguesia de Settecannoli ao lado de Brancaccio, e foi nomeado reitor da igreja de São João, o leproso.
De 1970 a 1978, foi nomeado pároco de Godrano, perto de Palermo, num vilarejo marcado por uma 'vendetta' sangrenta, e leva ao perdão as famílias em conflito.
Em 1978, foi nomeado vice-reitor do seminário me-nor de Palermo e a 24 de novembro, administra-dor do serviço das vocações na diocese.
Em 1983, tornou-se Director do Centro Regional de vocações, e ensinou na escola secundária Vitor Manuel II em Palermo 1978-1993.
Em 1990, ele foi nomeado para Palermo, no bairro de Brancaccio, terra de máfia. Ele se empenhada pelos jovens: um complexo universitário nascerá depois da sua morte. Fundou uma casa "Padre Nosso" para as famílias em dificuldade.
Em 1992, foi nomeado director espiritual do seminário em Palermo e ali dirige movimentos evangelísticos. Sua atenção voltou-se progressivamente para o recrutamento de jovens pela máfia. Mas corre o rumor de que em sua casa alberga agentes do anti máfia razão porque foi decidida a sua execução.
Don Pino Puglisi foi assassinado em 15 de setembro de 1993, dia do seu 56º aniversário, às 20h45, na frente de sua casa, Piazza Anita Garibaldi, no bairro Brancaccio de Palermo. Quando o assassino atirou na nuca de dom Puglisi, este murmurou, sorrindo: "Eu já estava esperando isso" Quem realizou a autópsia foi marcado pelo sorriso registrado no rosto.
Seu assassino, Salvatore Gregoli, foi preso em junho de 1997, ele reconheceu: “Eu matei provavelmente um santo. Disso eu responderei diante de Deus.” Ele diz que agora acredita em Deus. Ele confessou ter matado 50 pessoas e já participou em vários ataques. Mas ele disse que um dia encontrou uma Bíblia num apartamento posto à sua disposição.
Acima de tudo, a morte de Dom Pino “perseguiu-o com uma maldição” e “levou-o a vida honesta” que ele agora leva e “torna suportável o horror” da sua vida passada, mas não a deixa esquecer: “Eu penso nas pessoas que matei, choro e rezo por elas.”
Todos os dias, ele acende uma vela para pedir perdão “a Dom Puglisi”. E todas as noites antes de se deitar, ele “pede perdão de Deus.” Ele é casado e tem três filhos, um emprego. Ele sorri, mas não se esquece de seu passado.
Ele acrescentou numa entrevista a Panorama, em 2012: “Sempre que eu penso nisso, que eu tomo consciência do que fiz, sinto suores frios, e desejaria tornar-me num fantasma, numa sombra. Preferia morrer. Aquele sorriso, o sorriso de Dom Puglisi me salva ainda todas as noites.”
Dom Pino Puglisi foi beatificado a 25 de maio de 2013, em Palermo. A cerimónia foi presidida pelo Cardeal Salvatore De Giorgi, em nome do Papa Francisco, que contou com cerca de 80 mil pessoas que se reuniram no Estádio Renzo Barbera.
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