sexta-feira, 20 de agosto de 2021

SANTA MARIA DE MATTIAS, VIRGEM, FUND. DAS IRMÃS DA ADORAÇÃO DO PRECIOSÍSSIMO SANGUE

Maria De Mattias nasceu em Vallecorsa, a cidade mais ao sul dos Estados Papais, na província de Frosinone, em 4 de fevereiro de 1805, filha mais velha de uma distinta família. Seu pai foi um educador excepcional que a ensinava a rezar e a amar a Sagrada Escritura. Ele formava seu coração com narrativas bíblicas que a encantavam. Mais tarde, tornou-se seu confidente e guia. Foi ele quem a fez compreender, na sua adolescência, o significado profundo do Cordeiro Pascal, como simbologia de Jesus que foi conduzido à morte e verteu seu Sangue para a salvação da Humanidade. E a jovem concluiu que ela também devia consumir-se completamente, se necessário até o derramamento de sangue, para levar Jesus a todos. Sem educação formal e sem contatos externos, por causa de sua classe social, Maria passou sua infância e início da adolescência retirada e focada em sua beleza. Mas quando ela chegou a adolescência, começou a procurar o significado de sua vida. Impetuosa, vivíssima e um pouco vaidosa, aos 16 anos foi favorecida com uma especial inspiração da Santíssima Virgem, compreendeu a vaidade e a transitoriedade dos prazeres do mundo e começou por renunciar a joias e a adornos pelo ideal de uma vida dedicada a Deus e aos irmãos.

     Em 1822, quando São Gaspar del Bufalo, fundador da Sociedade dos Missionários do Preciosíssimo Sangue, pregou numa missão em Vallecorsa, Maria descobriu sua vocação de missionária. Mas não na África, como havia sonhado em menina, mas na sua região.
     Maria respondeu ao chamado de Deus com a radicalidade dos santos. “Benditos somos - escrevia às primeiras discípulas - se podemos dar a vida e todo o nosso sangue pela fé, para salvar ainda que uma só alma”.
     Ela estava convencida de que a reforma da sociedade nasce do coração da pessoa e que esta se transforma quando compreende quão preciosa é aos olhos de Deus e de quanto amor foi objeto, pois Jesus deu todo o seu Sangue para resgatá-la.
     Como tinha aprendido a ler e escrever, foi chamada pelo Administrador de Anagni, Mons. José Maria Lais, para ensinar as crianças. Em Acuto, uma aldeia de montanha não longe de Roma, começou a pregar e a catequizar na praça e na igreja, entusiasmando a todos e preocupando alguns, tanto que o bispo mandou um jesuíta observá-la incógnito, mas este concluiu que ela “fala melhor do que um padre”. Assim, Maria, da jovem tímida e introvertida que era, tornou-se uma pregadora que atraia crianças e adultos, simples e aprendizes, leigos e sacerdotes.
     Não podendo falar aos homens, estes acorriam voluntariamente para ouvi-la, embora às escondidas. Até os pastores lhe pediram que os ensinasse depois do pôr-do-sol; todos acorriam para ouvir as suas lições. Maria atraía até os sacerdotes, porque, quando falava de Jesus e dos mistérios da fé, parecia tê-los vivido em pessoa. O seu desejo era de que nem uma gota do Sangue de Jesus se perdesse. A preocupação de sua vida era dar gosto a Jesus, que lhe tinha roubado o coração desde a juventude, e salvar "o querido próximo".
     Sob o dorso de uma mula ia de uma aldeia a outra, atendendo aos pedidos e às necessidades dos lugares. E para onde não podia chegar pessoalmente, enviava cartas (cerca de 2.000) tanto para gente simples, como também para padres e bispos, síndicos e prefeitos, para aconselhar, educar, propor e estimular.
     Sob a orientação de um discípulo de São Gaspar del Bufalo, o Venerável Pe. João Merlini, que por quarenta anos foi seu diretor espiritual, fundou, com algumas companheiras, a Congregação das Irmãs Adoradoras do Sangue de Cristo, em Acuto, a 4 de março de 1834.
     A Congregação tinha como fim especial a propagação da devoção ao Sangue de Cristo e a educação da juventude, especialmente em centros pequenos e abandonados. Outras atividades promovidas pela zelosa Fundadora foram os cursos catequéticos, missões, retiros para leigos, senhores e jovens.
     Sua ação ardorosa atraia muitas jovens e Maria De Mattias fundou cerca de setenta casas, chegando à Alemanha e à Inglaterra; em Roma, o próprio Papa Beato Pio IX a chamou para o Hospício de São Luís e para a Escola de Civitavecchia.
     Maria De Mattias faleceu em Roma a 20 de agosto de 1866, e o Pio IX mandou que fosse sepultada no Cemitério de Verano, tendo escolhido um túmulo para ela e comissionado a confecção de um baixo relevo retratando a visão de Ezequiel: "Ossos secos, ouça a palavra do Senhor".
     O processo da sua Beatificação foi iniciado trinta anos depois, mas foi Pio XII que a beatificou em 1º de outubro de 1950. Ela foi canonizada em 18 de maio de 2003, na Praça de São Pedro. Seus despojos são venerados na Igreja do Preciosíssimo Sangue anexa à casa generalícia do seu Instituto, em Roma.
     Atualmente cerca de 2.000 Adoradoras trabalham em todos os continentes, em 26 nações: Albânia, Alemanha, Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Bolívia, Bósnia, Brasil, Colômbia, Coréia, Croácia, Filipinas, Guatemala, Guine Bissau, Índia, Itália, Liechtenstein, Polônia, Servia, Sibéria, Espanha, Suíça, Tanzânia, Ucrânia, EUA.
Maria De Mattias nasceu em Vallecorsa, a cidade mais ao sul dos Estados Papais, na província de Frosinone, em 4 de fevereiro de 1805, filha mais velha de uma distinta família.
     Seu pai foi um educador excepcional que a ensinava a rezar e a amar a Sagrada Escritura. Ele formava seu coração com narrativas bíblicas que a encantavam. Mais tarde, tornou-se seu confidente e guia. Foi ele quem a fez compreender, na sua adolescência, o significado profundo do Cordeiro Pascal, como simbologia de Jesus que foi conduzido à morte e verteu seu Sangue para a salvação da Humanidade. E a jovem concluiu que ela também devia consumir-se completamente, se necessário até o derramamento de sangue, para levar Jesus a todos.
     Sem educação formal e sem contatos externos, por causa de sua classe social, Maria passou sua infância e início da adolescência retirada e focada em sua beleza. Mas quando ela chegou a adolescência, começou a procurar o significado de sua vida. Impetuosa, vivíssima e um pouco vaidosa, aos 16 anos foi favorecida com uma especial inspiração da Santíssima Virgem, compreendeu a vaidade e a transitoriedade dos prazeres do mundo e começou por renunciar a joias e a adornos pelo ideal de uma vida dedicada a Deus e aos irmãos.
     Em 1822, quando São Gaspar del Bufalo, fundador da Sociedade dos Missionários do Preciosíssimo Sangue, pregou numa missão em Vallecorsa, Maria descobriu sua vocação de missionária. Mas não na África, como havia sonhado em menina, mas na sua região.
     Maria respondeu ao chamado de Deus com a radicalidade dos santos. “Benditos somos - escrevia às primeiras discípulas - se podemos dar a vida e todo o nosso sangue pela fé, para salvar ainda que uma só alma”.
     Ela estava convencida de que a reforma da sociedade nasce do coração da pessoa e que esta se transforma quando compreende quão preciosa é aos olhos de Deus e de quanto amor foi objeto, pois Jesus deu todo o seu Sangue para resgatá-la.
     Como tinha aprendido a ler e escrever, foi chamada pelo Administrador de Anagni, Mons. José Maria Lais, para ensinar as crianças. Em Acuto, uma aldeia de montanha não longe de Roma, começou a pregar e a catequizar na praça e na igreja, entusiasmando a todos e preocupando alguns, tanto que o bispo mandou um jesuíta observá-la incógnito, mas este concluiu que ela “fala melhor do que um padre”. Assim, Maria, da jovem tímida e introvertida que era, tornou-se uma pregadora que atraia crianças e adultos, simples e aprendizes, leigos e sacerdotes.
     Não podendo falar aos homens, estes acorriam voluntariamente para ouvi-la, embora às escondidas. Até os pastores lhe pediram que os ensinasse depois do pôr-do-sol; todos acorriam para ouvir as suas lições. Maria atraía até os sacerdotes, porque, quando falava de Jesus e dos mistérios da fé, parecia tê-los vivido em pessoa. O seu desejo era de que nem uma gota do Sangue de Jesus se perdesse. A preocupação de sua vida era dar gosto a Jesus, que lhe tinha roubado o coração desde a juventude, e salvar "o querido próximo".
     Sob o dorso de uma mula ia de uma aldeia a outra, atendendo aos pedidos e às necessidades dos lugares. E para onde não podia chegar pessoalmente, enviava cartas (cerca de 2.000) tanto para gente simples, como também para padres e bispos, síndicos e prefeitos, para aconselhar, educar, propor e estimular.
     Sob a orientação de um discípulo de São Gaspar del Bufalo, o Venerável Pe. João Merlini, que por quarenta anos foi seu diretor espiritual, fundou, com algumas companheiras, a Congregação das Irmãs Adoradoras do Sangue de Cristo, em Acuto, a 4 de março de 1834.
     A Congregação tinha como fim especial a propagação da devoção ao Sangue de Cristo e a educação da juventude, especialmente em centros pequenos e abandonados. Outras atividades promovidas pela zelosa Fundadora foram os cursos catequéticos, missões, retiros para leigos, senhores e jovens.
     Sua ação ardorosa atraia muitas jovens e Maria De Mattias fundou cerca de setenta casas, chegando à Alemanha e à Inglaterra; em Roma, o próprio Papa Beato Pio IX a chamou para o Hospício de São Luís e para a Escola de Civitavecchia.
     Maria De Mattias faleceu em Roma a 20 de agosto de 1866, e o Pio IX mandou que fosse sepultada no Cemitério de Verano, tendo escolhido um túmulo para ela e comissionado a confecção de um baixo relevo retratando a visão de Ezequiel: "Ossos secos, ouça a palavra do Senhor".
     O processo da sua Beatificação foi iniciado trinta anos depois, mas foi Pio XII que a beatificou em 1º de outubro de 1950. Ela foi canonizada em 18 de maio de 2003, na Praça de São Pedro. Seus despojos são venerados na Igreja do Preciosíssimo Sangue anexa à casa generalícia do seu Instituto, em Roma.
     Atualmente cerca de 2.000 Adoradoras trabalham em todos os continentes, em 26 nações: Albânia, Alemanha, Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Bolívia, Bósnia, Brasil, Colômbia, Coréia, Croácia, Filipinas, Guatemala, Guine Bissau, Índia, Itália, Liechtenstein, Polônia, Servia, Sibéria, Espanha, Suíça, Tanzânia, Ucrânia, EUA.

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