Anatólio (449 — 458) foi o décimo patriarca a figurar na Lista sucessória dos Patriarcas Ecumênicos de Constantinopla, ele foi elevado ao Patriarcado em substituição a Flaviano de Constantinopla, por imposição de Dióscoro, Patriarca de Alexandria, imediatamente após o Segundo Concílio de Éfeso, em 449.
Embora adepto do Monofisismo, Anatólio, viu-se obrigado a ceder à imposição da Imperatriz Pulquéria, que pretendia auxiliar ao papa na reversão do quadro político em que se via metida a Igreja, vitimada por Eutiques e seus simpatizantes.
Ela ordenou ao patriarca Anatólio que cedesse à posição romana e estreitasse os laços com a ortodoxia, se quisesse conservar a sua posição. Anatólio, intimidado com as ameaças, reuniu um concílio para o qual convidou os legados do papa, a fim de dar conhecimento da já conhecida carta de São Leão Magno O Tomo ad Flavianus endereçada a Flaviano, seu antecessor. Os presentes ao novo Concílio declararam sua aprovação a todo conteúdo da carta, e Anatólio pronunciou o anátema contra Nestório e Eutiques, condenou a sua doutrina. Em conseqüência de seus atos foi reconhecido como patriarca legítimo de Constantinopla.
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