sexta-feira, 9 de julho de 2021

EVANGELHO DO DIA 9 DE JULHO

Evangelho segundo São Mateus 10,16-23. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus apóstolos: «Envio-vos como ovelhas para o meio de lobos. Portanto, sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas. Tende cuidado com os homens: hão de entregar-vos aos tribunais e açoitar-vos nas sinagogas. Por minha causa, sereis levados à presença de governadores e reis, para dar testemunho diante deles e das nações. Quando vos entregarem, não vos preocupeis em saber como falar nem com o que dizer, porque nessa altura vos será sugerido o que deveis dizer; porque não sereis vós a falar, mas é o Espírito do vosso Pai que falará em vós. O irmão entregará à morte o irmão e o pai entregará o filho. Os filhos hão de erguer-se contra os pais e causar-lhes a morte. E sereis odiados por todos por causa do meu nome. Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo. Quando vos perseguirem numa cidade, fugi para outra. Em verdade vos digo: não acabareis de percorrer as cidades de Israel, antes de vir o Filho do homem». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São João XXIII(1881-1963)papa
Diário da Alma, Agosto de 1961 
«Quando vos entregarem, 
não vos preocupeis » 
Refletindo sobre mim e sobre as muitas vicissitudes da minha humilde vida, devo reconhecer que o Senhor me dispensou até agora dessas tribulações que, a muitas almas, tornam difícil e ingrato o serviço da verdade, da justiça e da caridade. Como agradecerei, meu Deus, o bom tratamento que recebi sempre em todos os lugares aonde cheguei em teu nome, e sempre em pura obediência, não por minha vontade, mas pela tua? «Como retribuirei ao Senhor todo o bem que Ele me fez?» (Sl 115,12). Vejo muito bem que a minha resposta, a mim próprio e ao Senhor, é sempre: «Erguerei o cálice da salvação, invocando o nome do Senhor» (v. 13). Como já insinuei nestas páginas, quando me assaltar a grande tribulação, devo recebê-la bem: «A nossa tribulação momentânea é leve, em relação ao peso extraordinário da glória eterna que nos prepara» (2Cor 4,17). E, se se fizer esperar algum tempo, terei de continuar a saciar-me com o sangue de Jesus, com o cortejo de pequenas e grandes tribulações de que a bondade do Senhor quiser rodear-me. Sempre me senti, e continuo a sentir-me muito impressionado por estas palavras do pequeno Salmo 130: «Senhor, o meu coração não se orgulha, nem os meus olhos são altivos; não vou atrás de grandezas nem de prodígios que me excedam. Ao contrário, aquieto e sossego a minha alma, como criança saciada no colo de sua mãe: assim está a minha alma dentro de mim». Como amo estas palavras! Mas, se vier a perturbar-me no final da vida, Senhor Jesus, Tu me fortificarás na tribulação. O teu sangue, o teu sangue que continuarei a beber do teu cálice, quer dizer, do teu coração, será para mim penhor de salvação e de alegria eterna. «A nossa tribulação momentânea é leve, em relação ao peso extraordinário da glória eterna que nos prepara».

Nenhum comentário:

Postar um comentário