PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA MISSIONÁRIO REDENTORISTA 53 ANOS CONSAGRADO 45 ANOS SACERDOTE |
O Advento é a segunda parte importante do ano litúrgico. A primeira é a Páscoa com a quaresma e o tempo pascal. O tempo do Natal repete o esquema da preparação, quatro semanas; e após o Natal se celebra a riqueza do mistério da Vinda de Jesus na forma de simples criança. O tempo do Advento celebra a vinda do Senhor. Celebramos em primeiro lugar a segunda vinda na glória e depois do dia 17.12 celebramos a primeira vinda na carne, seu nascimento em Belém. A primeira vinda foi na humildade da estrebaria de Belém, quando veio à luz a luz do mundo. A segunda vinda será na glória do rei eterno. É dela que trata este primeiro domingo do Advento. Esperando a vinda gloriosa, presente já nos sinais dos tempos, fazemos memória da vinda na carne.
Nossa libertação está próxima.
Quando falamos de vinda nas nuvens, fins dos tempos, sinais nos céus, podemos até ficar preocupados diante do horror que nos é apresentado por João no Apocalipse e pelo próprio Jesus. Mas nós nos esquecemos das palavras de Jesus: “Quanto virdes estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque vossa libertação está próxima” (Lc 21,28). O furor do fim pode ser grande, mas a segurança está em ter vivido na fé em Jesus que veio na fragilidade da carne humana. O fim será uma libertação, uma recompensa, uma entrada nossa na posse definitiva do que sempre escolhemos para nossa vida e carregamos com carinho em nosso dia a dia: Jesus.
Perigo dos males do coração.
Quando temos problema de coração, tomamos todos cuidados necessários. Para estar com o coração preparado para o fim, temos que tomar devidos cuidados, como aconselhou Jesus: “Tomai cuidado para que vossos corações não fiquem insensíveis por causa da gula, embriagues e das preocupações da vida, para que aquele dia não caia de repente sobre vós” (Lc 21.34). Mais ainda, é necessária a oração permanente para poder escapar: “Portanto, ficai atentos e orai a todo momento, a fim de terdes força para escapar de tudo que deve acontecer e ficardes de pé diante do Filho do Homem” (Lc 21.36). Para os que crêem, o perigo está em viver como os que não vivem dignamente. A espera da vinda é feita na simplicidade da vida coerente com a fé.
Vem, Senhor Jesus.
Em cada celebração eucarística fazemos sempre esta prece ardente “Vem, Senhor, Jesus!” Por que não temos medo de sua vinda? Porque temos a segurança da vida no amor, como diz Paulo aos tessalonicenses (1 Ts 3.12-4,2): “O Senhor vos conceda que o amor entre vós e para com todos aumente e transborde sempre mais (...) que Ele confirme vossos corações numa santidade sem defeitos aos olhos de Deus no dia da vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo, com todos os santos. Vivendo bem, estamos prontos para a segunda vinda e assim nos dispomos a sua vinda no dia de Natal. Vivemos esta verdade acolhendo-O como nosso irmão e Filho amado do Pai.
Leituras: Jeremias 33,14-16; 1 Tessalonicenses 3,12-4,2;
Lucas 21,25-28.34-36)
Homilia do 1º domingo do Advento
EM NOVEMBRO DE 2003
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