Uma das Beatas agora canonizadas por João Paulo II nasceu em Filadélfia, no Estado da Pensilvânia (E.U.A.), em 26 de Novembro de 1858. Chamava-se Catarina Drexel, filha de um famoso banqueiro. Seus pais fizeram-lhe ver que a riqueza era dada para o bem de todos, e por isso devia ser repartida com os outros.
Durante uma viagem com a família ao Oeste americano, Catarina, ainda jovem, deu-se conta da miséria em que viviam os indígenas da América. Esta experiência acendeu nela o desejo de fazer qualquer coisa para aliviar as condições da sua vida e caracterizou o seu empenhamento pessoal e financeiro para o sustento das missões e dos missionários nos Estados Unidos em favor dos índios.
Quando se encontrou com o Papa Leão XIII e lhe pediu missionários para trabalhar com os índios a quem ela ajudava, ele sugeriu-lhe a ideia de ela mesma se tornar missionária. Catarina consultou o seu director espiritual e logo tomou a decisão de se entregar totalmente a Deus, juntamente com a sua herança, ao serviço dos índios e dos afro-americanos.
Assim, a sua riqueza tornou-se pobreza em espírito, que caracterizou a sua vida. Fez a profissão religiosa em 12 de Fevereiro de 1891, fundando depois as Irmãs do Santíssimo Sacramento, com a finalidade de difundir a mensagem do Evangelho e a vida eucarística entre os índios e os afro-americanos. Mulher de muita oração, encontrou sempre na Eucaristia a fonte do seu amor pelos pobres. Consciente de que muitos dos que ela protegia estavam longe de serem livres, sentiu a urgência de um trabalho em seu favor.
Por isso, deixou a suas Irmãs uma herança realçada em quatro pontos:
– amor à Eucaristia, espírito de oração e visão de todos os povos, centrada na Eucaristia;
– um indómito espírito de iniciativas corajosas para enfrentar as injustiças sociais existentes em relação às minorias étnicas cem anos antes de tais problemas se tornarem de interesse público nos Estados Unidos;
– uma convicção da importância de oferecer a todos uma instrução de qualidade e dos esforços para que isso se tornasse uma realidade;
– o dom total de si mesma, da sua herança e de todos os seus bens para um serviço abnegado a todos os que são vítimas da injustiça.
Beatificada por João Paulo II em 20 de Novembro de 1988, a Irmã Maria Drexel continua a proteger-nos no céu juntamente com todos os Santos.
Foi canonizada pelo mesmo Papa a 1 de Outubro de 2000.
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