quarta-feira, 31 de março de 2021

177. CONCURSO DE PINTURA

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
A mitologia antiga conta que dois famosos pintores, Apeles e Apolo, foram convidados a participar de um concurso de pintura. 
Apeles pintou uma jovem carregando na cabeça um cestinho com frutas. As frutas estavam tão naturais, que os passarinhos vinham bicá-las. Chegou a vez de Apolo apresentar sua produção artística. 
Após apreciar e elogiar a obra de arte do amigo Apeles, levou-o até uma sala de teatro. 
Para subir no palco, era preciso puxar uma cortina. Apeles, instintivamente, fez menção de afastar a cortina para poder subir. 
Só então percebeu que a obra do seu concorrente era apenas uma pintura. Apeles enganou os pássaros irracionais. 
Apolo, porém, enganou uma criatura racional. 
Quem ganhou o concurso? 
Nem é preciso responder. 
Lição para a vida: As aparências enganam. Quantas vezes na vida nos deixamos guiar pelas aparências.

REFLETINDO A PALAVRA - “Pedro, eu rezei por você!?”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
53 ANOS CONSAGRADO
45 ANO SACERDOTE
Por que Judas não se arrependeu se enforcou ao passo que Pedro traiu, fracassou e depois se arrependeu e tudo voltou às boas? 
 A figura de Pedro nos Evangelhos é até engraçada. É cheia de vitalidade, contradições, disposição a se entregar por Jesus e ao mesmo tempo o fraco que foge, nega. Volta atrás e se firma numa segurança muito grande no seu ministério apostólico. 
Creio que serve muito bem para nós que temos um pouco este modo de ser. Ser disposto, fracassar, voltar e vencer. 
Jesus o moldou dentro de seu modo de ser: Pedro é Pedro e Jesus o põe como pedra de alicerce da Igreja: Tu é Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja. 
Por que a fraqueza de Pedro não entrou na conta quando Jesus lhe confia um grande ministério na Igreja. 
Pedro no horto pegou a espada para enfrentar um batalhão e logo depois nega-o diante de uma mocinha. 
Ele testemunhara pessoalmente os mais fortes momentos de Jesus: sua transfiguração, a ressurreição da menina, a oração no horto e agora testemunha a Paixão. 
Depois testemunhará a ressurreição. 
O Evangelho conta que Pedro seguiu Jesus de longe quando foi preso. Ao ser reconhecido nega vergonhosamente tê-lo conhecido. 
Foi feio! 
Jesus já o tinha prevenido: "Simão, Simão, Satanás pediu para te peneirar como trigo. Eu porém orei por ti para que tua fé não desfaleça. Quando porém te converteres, confirma teus irmãos". 
Pedro retruca: Estou pronto a ir contigo à prisão e à morte. 
Ele respondeu: "Irás comigo até à morte? Pedro, eu te digo: o galo não cantará hoje sem que por três vezes me tenhas negado" (Lc.22,31-34).
Como é bom a gente saber que nossos desfalecimentos são acompanhados com uma oração de Jesus: “Eu rezei para que tua fé não desfaleça”. 
Como fracassara em Judas, não queria fracassar em Pedro. Parece que se está a dizer: o povo precisa da fraqueza de Pedro para ser forte na fé.
Parece que o poder sem a certeza da fragilidade humana se transforma em fracasso. 
Jesus escolheria um fundamento forte porque se sabe fraco. 
O que faz Pedro converter-se? 
Ele nega três vezes: 
Jesus olha. Jesus não olhou repreendendo. Olhou amando. 
"Pedro, eu amo você, diziam aqueles olhos doloridos."
Quem sabe Jesus olha para ele, pedindo força naquele momento doloroso. Na fragilidade Pedro ainda dá força a Jesus. Isto o fez sair e chorar amargamente. Jesus está a lhe dizer: 
"Pedro, eu creio no seu amor."
Como é bom saber que ele aceita nosso amor fraco!

EVANGELHO DO DIA 31 DE MARÇO

Evangelho segundo São Mateus 26,14-25. 
Naquele tempo, um dos Doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os príncipes dos sacerdotes e disse-lhes: «Que estais dispostos a dar-me para vos entregar Jesus?». Eles garantiram-lhe trinta moedas de prata. E a partir de então, Judas procurava uma oportunidade para O entregar. No primeiro dia dos Ázimos, os discípulos foram ter com Jesus e perguntaram-Lhe: «Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?». Ele respondeu: «Ide à cidade, a casa de tal pessoa, e dizei-lhe: "O Mestre manda dizer: o meu tempo está próximo. É em tua casa que Eu quero celebrar a Páscoa com os meus discípulos"». Os discípulos fizeram como Jesus lhes tinha mandado e prepararam a Páscoa. Ao cair da noite, sentou-Se à mesa com os Doze. Enquanto comiam, declarou: «Em verdade vos digo: um de vós há de entregar-Me». Profundamente entristecidos, começou cada um a perguntar-Lhe: «Serei eu, Senhor?». Jesus respondeu: «Aquele que meteu comigo a mão no prato é que há de entregar-Me. O Filho do homem vai partir, como está escrito acerca dele. Mas ai daquele por quem o Filho do homem vai ser entregue! Melhor seria para esse homem não ter nascido». Judas, que O ia entregar, tomou a palavra e perguntou: «Serei eu, Mestre?». Respondeu Jesus: «Tu o disseste». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santa Catarina de Sena(1347-1380) 
Terceira dominicana,doutora da Igreja, 
copadroeira da Europa 
Diálogo, 37 
O desespero de Judas
Santa Catarina ouviu Deus dizer-lhe:O pecado que não tem perdão, nem neste mundo nem no outro, é o do homem que, desprezando a minha misericórdia, não quer ser perdoado. É isso que Eu considero mais grave; foi por isso que o desespero de Judas Me entristeceu mais e foi mais penoso para o meu Filho do que a sua traição. Os homens serão, pois, condenados por esse falso juízo que os leva a crer que o seu pecado é maior que a minha misericórdia. São condenados pela sua injustiça quando lamentam mais a sua sorte do que a ofensa que Me fizeram. Pois é então que são injustos, não Me dando o que Me pertence e não dando a si próprios o que lhes pertence. A Mim é-Me devido o amor, o arrependimento da falta e a contrição; é isso que devem oferecer-Me pelas suas ofensas, mas fazem o contrário. Não têm amor nem compaixão a não ser por si mesmos, e só sabem lamentar-se dos castigos que os esperam. Desse modo, cometem uma injustiça, e são por isso duplamente punidos, por terem desprezado a minha misericórdia.

Santa Balbina, Mártir (+132), 31 de Março

Balbina era filha de Quirino (militar e tribuno). Converteu-se à fé cristã e foi batizada pelo papa Alexandre, fazendo voto de castidade. Por causa de sua riqueza e nobreza espirituais, muitos jovens a pediram em matrimônio, mas ela manteve seu voto incorruptível e livre de qualquer mácula. Estando gravemente enferma, o pai a levou ao papa, que estava encarcerado, e ela se curou. Em 132, mais provavelmente no dia 31 de Março, foi arrastada com o pai por ordem do imperador Adriano e, com barbaridade, cortaram- lhe a cabeça. Devido a sua bravura diante da morte e por ter morrido em nome da fé, foi elevada, pelos hagiógrafos, à categoria de mártir e santa, sendo-lhe dedicada uma Basílica Menor em Roma. Está sepultada, ao lado de seu pai, num antigo cemitério entre as vias Ápia e Ardeatina, o qual recebe seu nome.

SANTO AMÓS

Entre os grandes profetas de Deus, Amós foi o primeiro a deixar suas mensagens por escrito, encabeçando uma lista onde se sucedem: Oséias, Isaías, Jeremias e outros. Com o desenvolvimento e a popularização da escrita se desenrolando em toda a cultura mundial, no século VIII a.C., as profecias passaram a ser registradas e distribuídas com maior rapidez e eficiência do que com o método oral, expandindo a comunicação da palavra do Criador. Profetas são pessoas com os pés no chão, profundamente conhecedoras da vida de seu povo e de sua realidade. Conhecem e vivem a realidade, mas são extremamente sensíveis a Deus. Por isso são escolhidos e se tornam anunciadores da vontade de Deus para aquele momento histórico. E por isso denunciam tudo aquilo que fere a vontade de Deus. Assim, aconteceu com as profecias de Amós que ficaram para a posteridade e pouco sobreviveu de sua história pessoal. Sabe-se ainda que antes de se entregar totalmente à sua religiosidade, Amós foi pastor de ovelhas em Tácua, nos limites do deserto de Judá, não há sequer razão para considerá-lo um proprietário de grandes proporções.

SÃO BENJAMIM

Nasceu no ano de 394 na Pérsia e, ao ser evangelizado, começou a participar da Igreja ao ponto de descobrir sua vocação ao diaconato. Serviu a Palavra e aos irmãos na caridade, chamando a atenção de muitos para Cristo. Chegou a ser preso por um ano, sofrendo, e se renunciasse ao nome de Jesus, seria solto. Porém, mesmo na dor, na solidão e na injustiça, ele uniu-se ainda mais ao Cristo crucificado. Foi solto com a ordem de não falar mais de Jesus para ninguém, o que era impossível, pois sua vida e seu serviço evangelizavam. Benjamim foi canal para que muitos cegos voltassem a ver, muitos leprosos fossem curados e assim muitos corações duvidosos se abriram a Deus. Foi novamente preso, levado a público e torturado para que renunciasse à fé. Perguntou então ao rei, se gostaria que algum de seus súditos fosse desleal a ele. Obviamente que o rei disse que não. E assim o diácono disse que assim também ele, não poderia renunciar à sua fé, a seu Rei, Jesus Cristo. E por não renunciar a Jesus, foi martirizado. Isso no ano de 422. 
São Benjamim, rogai por nós!

SÃO GUIDO

Guido nasceu na segunda metade do século X, em Casamare, perto de Ravena, Itália. Após concluir seus estudos acadêmicos na cidade natal, mudou-se para Roma, onde recebeu o hábito de monge beneditino e retirou-se à solidão. Sob a direção espiritual de Martinho, também ele um monge eremita e depois canonizado pela Igreja, viveu observando fielmente as Regras de sua ordem, tornando-se um exemplo de disciplina e dedicação à caridade, à oração e à contemplação. Três anos depois, seu diretor o enviou ao mosteiro de Pomposa. Embora desejasse afastar-se do mundo, seu trabalho como musicista era necessário para a comunidade cristã. No convento a história se repetiu. Era um modelo tão perfeito de virtudes, que foi eleito abade por seus irmãos de congregação. Sua fama espalhou-se de tal forma, que seu pai e irmãos acabaram por toma-lo como diretor espiritual e se tornaram religiosos. Sentindo o fim se aproximar, Guido retirou-se novamente para a tão almejada solidão religiosa. Mas, quando o imperador Henrique III foi a Roma para ser coroado pelo Papa, requisitou o abade para acompanhá-lo como conselheiro espiritual. Guido cumpriu a função delegada, mas ao despedir-se dos monges que o hospedaram, despediu-se definitivamente demonstrando que sabia que não se veriam mais. Na viagem de retorno, adoeceu gravemente no caminho entre Parma e Borgo de São Donino e faleceu, no dia 31 de março de 1046. Imediatamente, graças passaram a ocorrer, momentos depois de Guido ter morrido.

ACÁCIO AGATANGELO Bispo de Antioquia, Santo † 250

Santo Acácio, cognominado Agatângelo, isto é, bom Anjo, viveu como bispo de Antioquia quando Décio era imperador romano. Em Antioquia existiam muitos Marcionitas, que abandonaram a religião, quando os católicos guiados pelo bispo, ficaram firmes na fé. O próprio bispo, por motivos de religião, foi citado perante o tribunal de Marciano. Este lhe disse: "Tens a felicidade de viver sob a protecção das leis romanas. Convém, pois, que honres e veneres nossos príncipes, nossos defensores". Acácio respondeu-lhe: "Quem poderá ter nisso mais interesse que os cristãos, e por quem o imperador é mais amado, senão por eles? É a nossa oração constante, que tenha longa vida aqui no mundo, governe com justiça os povos e lhe seja conservada a paz; nós rezamos pela salvação dos sol-dados e de todas as classes do império". Marciano: "Tudo isto é muito louvável, mas para dar ao imperador uma prova de submissão, vem comigo e oferece o sacrifício aos deuses". Acácio: "Já te disse que faço oração ao supremo Deus pelo imperador; este, porém, como criatura nenhuma, não poderá exigir de nós que lhe sacrifiquemos".

AS SETE DORES DE MARIA

Maria Santíssima sofreu a vida toda por causa do seu filho Jesus, vindo ao mundo para nos salvar.Esta devoção é celebrada principalmente no sábado santo: 
1-A PROFECIA DE SIMEÃO 
2- A FUGA PARA O EGITO 
3- A PERDA DE JESUS EM JERUSALÉM 
4- ENCONTRO NO CAMINHO DO CALVÁRIO 
5- MARIA AOS PÉS DA CRUZ 
6- JESUS MORTO EM SEUS BRAÇOS. 
7- NO SEPULTAMENTO DE JESUS.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 31 DE MARÇO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, 
redentorista 
flcastro22@gmail.com 
Oração da manhã para todos os dias
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
31 – Quarta-feira santa – Santos: Balbina, Benjamim, Cornélia
Evangelho (Mt 26,14-25) “Um dos doze discípulos, chamado Judas Isca­riotes, foi ter com os sumos sacerdotes e disse: “Que me dareis se vos entregar Jesus?”
Parece inútil tentar compreender o mistério de Judas. Como um discípulo, alguém que pôde conhecer Jesus tão de perto, chegou a esse ponto? Falam em desilusão, cobiça, ambição. A mudança deve ter sido lenta, quase imperceptível, de pequenos passos. Estou sempre a ponto de cair e de ser infiel, fugindo aos poucos ao amor com que Jesus me amou e escolheu. Preciso tomar cuidado.
Oração
Senhor, sei que me amais e tudo fazeis para meu bem. Vós me destes a fé, vós me colocastes num ambiente favorável. Tantas vezes, porém, fui infiel. É verdade que não em grandes coisas, mas tantas vezes nessas pequenas misérias da vida. Sei que mesmo as pequenas infidelidades ao amor são grandes. E por isso peço misericórdia e proteção, para que eu nunca vos abandone. Amém.

terça-feira, 30 de março de 2021

175. AMIGOS ATÉ A HORA DO PERIGO.

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VEICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Dois amigos estão passeando no mato. 
Cansados, assentam-se debaixo de uma árvore e abrem o seu lanche.
De repente aponta um urso à certa distância. 
Um deles, mais ágil, sobe na árvore, enquanto o outro fica sem saber o que fazer. 
Deita-se no chão e se comporta como um morto. 
Chega o urso faminto, começa a cheirar e farejar o rosto do rapaz. 
Este continua imóvel, retendo até a respiração. 
Como os ursos só devoram a vítima quando viva, julgando-o morto, vai embora. 
Passado o perigo, o tal “amigo da onça” desce da árvore e pergunta gracejando ao companheiro: 
- O que o urso segredou para você no seu ouvido? 
Refazendo-se do susto, mas com a maior presença de espírito, responde:
- Ele me disse que “a gente conhece o verdadeiro amigo na hora do perigo”. 
Lição para a vida: O amigo fiel é um refúgio seguro. Quem o encontrou, achou um tesouro (Ecli 6,14)

REFLETINDO A PALAVRA - “Judas, é com um beijo que trai o Amigo”!

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
53 ANOS CONSAGRADO
45 ANOS SACERDOTE
A pessoa de Judas me impressiona muito.
 
Por que este homem entra deste modo na vida de Jesus? O que quer dizer esta atitude para nós? Quando lemos os evangelhos vemos logo a impressão que Ele deixou entre os apóstolos. Aquelas palavras fortes que dizem refletem o quanto eles ficaram machucados com a atitude de seu companheiro. Por que Judas trai Jesus? Nestes dias aparecem três figuras emblemáticas dos discípulos: Judas, Pedro e João. Penso que devemos refletir juntas estas figuras no centro das quais gira o mesmo: o amor de Jesus. Cada um responde de um modo. Qual é o seu modo de responder. Nestes dias da Semana Santa, 2ª,3ªe4ª os evangelhos falam de Judas: 
Na segunda: Jo 12,1-11: 
Maria unge os pés de Jesus com um perfume caríssimo e Judas diz: por que não se usou isso para os pobres? O evangelista diz: não que ele se preocupasse com os pobres, mas tendo a bolsa pegava o que punham nela. Na terça, Jo,13,21-38: Jesus diz na ceia. um de vós me há de trair. João coloca a cabeça no peito de Jesus e pergunta com amor: quem? Aquele que põe a mão no prato comigo. Deu-lhe o pedaço de pão molhado no molho, gesto que manifestava a preferência de amor daquele que dirigia a refeição. Tendo comido, o demônio entrou nele. O que tens que fazer, faze-o agora. Na quarta, Mt. 26, 14-25. Judas vai aos sumos sacerdotes e diz: quanto me dão para entregá-lo? 30 moedas de prata - preço de um escravo. 
Judas comanda o grupo que vai prender Jesus. 
Judas é com um beijo que entregas o Filho do Homem? (Lc, 22,48). Depois Judas vai devolveu o dinheiro – “Pequei entregando sangue inocente! Eles disseram isto é lá contigo!” Os malvados se entendem. Jogou o dinheiro na cara deles e foi e se enforcou. (Mt 27,3-10). Por que não funcionou seu arrependimento? Arrependimento só existe se é por amor. Penso que há uma resposta muito grande que não quer ser total: Jesus amava muito Judas. Tinha confiança nele e era o confidente. Judas não soube amar do jeito de Jesus. Amou a si. Não funcionou. Jesus manifestou amor até o último momento. No fim se dói? É no falso amor que me entrega? Como a dizer: Não entendeu o que é amar?

EVANGELHO DO DIA 30 DE MARÇO

Evangelho segundo São João 13,21-33.36-38. 
Naquele tempo, estando Jesus à mesa com os discípulos, sentiu-Se intimamente perturbado e declarou: «Em verdade, em verdade vos digo: Um de vós Me entregará». Os discípulos olhavam uns para os outros, sem saberem de quem falava. Um dos discípulos, o predileto de Jesus, estava à mesa, mesmo a seu lado. Simão Pedro fez-lhe sinal e disse: «Pergunta-Lhe a quem Se refere». Ele inclinou-Se sobre o peito de Jesus e perguntou-Lhe: «Quem é, Senhor?». Jesus respondeu: «É aquele a quem vou dar este bocado de pão molhado». E, molhando o pão, deu-o a Judas Iscariotes, filho de Simão. Naquele momento, depois de engolir o pão, Satanás entrou nele. Disse-lhe Jesus: «O que tens a fazer, fá-lo depressa». Mas nenhum dos que estavam à mesa compreendeu porque lhe disse tal coisa. Como Judas era quem tinha a bolsa comum, alguns pensavam que Jesus lhe tinha dito: «Vai comprar o que precisamos para a festa»; ou então, que desse alguma esmola aos pobres. Judas recebeu o bocado de pão e saiu imediatamente. Era noite. Depois de ele sair, Jesus disse: «Agora foi glorificado o Filho do homem e Deus foi glorificado nele. Se Deus foi glorificado nele, Deus também O glorificará em Si mesmo e glorificá-lo-á sem demora. Meus filhos, é por pouco tempo que ainda estou convosco. Haveis de procurar-Me e, assim como disse aos judeus, também agora vos digo: não podeis ir para onde Eu vou». Perguntou-Lhe Simão Pedro: «Para onde vais, Senhor?». Jesus respondeu: «Para onde Eu vou, não podes tu seguir-Me por agora; seguir-Me-ás depois». Disse-Lhe Pedro: «Senhor, por que motivo não posso seguir-Te agora? Eu darei a vida por Ti». Disse-Lhe Jesus: «Darás a vida por Mim? Em verdade, em verdade, te digo: não cantará o galo, sem que Me tenhas negado três vezes». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Ambrósio(340-397) 
Bispo de Milão, doutor da Igreja 
Comentário ao evangelho de S.Lucas 
«Não cantará o galo, sem que Me 
tenhas negado três vezes» 
Pedro negou uma primeira vez e não chorou, porque o Senhor não olhou para ele. Negou uma segunda vez e não chorou, porque o Senhor ainda não tinha olhado para ele. Negou uma terceira vez, Jesus olhou para ele, e ele chorou amargamente (cf Lc 22,62). Olha-nos, Senhor Jesus, para que saibamos chorar o nosso pecado. Isto mostra que até a queda dos santos pode ser útil. A negação de Pedro não me fez mal; pelo contrário, eu ganhei com o seu arrependimento, pois aprendi a defender-me de um ambiente infiel. Portanto, Pedro chorou, e chorou amargamente; chorou para lavar a sua culpa com as lágrimas. Vós também, se quereis obter o perdão, apagai as vossas faltas com lágrimas; nesse exato momento, nessa mesma hora, Cristo olha-vos. Se vos suceder alguma queda, Ele, que é testemunha da vossa vida secreta, olha-vos para vos lembrar e vos fazer confessar os vossos erros. Fazei então como Pedro, que mais adiante disse por três vezes: «Senhor, Tu sabes que eu Te amo» (Jo 21,15). Tendo negado três vezes, três vezes também confessa; negou na noite, e confessa em pleno dia. Tudo isto está escrito para nos fazer compreender que ninguém se deve vangloriar. Se Pedro caiu por ter dito: «Ainda que todos se escandalizem de Ti, eu nunca me escandalizarei» (Mt 26,33), quem tem o direito de contar só consigo? De onde te chamarei, Pedro, para me contares os teus pensamentos quando choravas? Do Céu, onde já tomaste lugar entre os coros dos anjos, ou ainda do túmulo? Porque a morte, da qual o Senhor ressuscitou, não te repugna. Ensina-nos em que é que as tuas lágrimas te foram úteis. Mas tu ensinaste-o bem depressa: porque, tendo caído antes de chorar, as lágrimas fizeram com que fosses escolhido para conduzir outros, tu que, inicialmente, não tinhas sabido conduzir-te a ti mesmo.

BEATO AMADEU IX DE SAVÓIA

Por razões de Estado, Amadeus já sabia, desde criança, com quem se casaria. No entanto, o casamento de Amadeus IX de Savóia com Iolanda de Valois foi muito especial. Eram animados por uma grande fé, seja nas suas funções de governo, assumidas com sabedoria, seja com os pobres. Faleceu em 1472. 
Amadeus IX (1 de fevereiro de 1435 - 30 de março de 1472), apelidado de Feliz , foi duque de Sabóia de 1465 a 1472. A Igreja Católica o venera com uma festa litúrgica em 30 de março. Ele nasceu em Thonon-les-Bains , filho de Luís, duque de Sabóia , e Ana de Lusignan , filha de Jano de Chipre , rei de Chipre. Em 1452, sua mãe arranjou um casamento político com Yolande de Valois (1434-1478), irmã de Luís XI da França e filha de Carlos VII da França .

JOÃO CLÍMACO - Abade, Padre do deserto 525-605

São João Clímaco é o autor da “Escada Celestial”. Ele foi para o Monte Sinai quando era um jovem de dezesseis anos e permaneceu lá, primeiro como um postulante em obediência, depois como recluso, e finalmente como abade do Sinai até os oitenta anos. Ele faleceu por volta do ano 605. Seu biógrafo, o monge Daniel, diz a respeito dele: “Seu corpo ascendeu às alturas do Sinai, enquanto sua alma ascendeu às alturas celestiais.” João permaneceu em obediência a seu pai espiritual, Martírio, por dezenove anos. Observando o jovem João, Anastácio do Sinai profetizou que ele se tornaria o abade do Sinai. Após a morte de seu pai espiritual, João se afastou para uma caverna, onde viveu uma difícil vida de ascetismo por vinte anos. Certo dia, seu discípulo, Moisés, adormeceu debaixo de uma enorme pedra. João, orando em sua cela, viu que seu discípulo estava em perigo e orou a Deus por ele. Quando Moisés retornou mais tarde, se ajoelhou e agradeceu a seu pai espiritual por ter lhe salvado da morte certa. Ele lhe contou como, em sonho, ouviu João lhe chamando e rapidamente se levantou. Naquele momento a pedra caiu. Se ele não tivesse se levantado, a pedra teria lhe esmagado. Por insistência da irmandade, João concordou se tornar o abade, e ele encaminhava a salvação das almas dos homens com zelo e amor. João ouviu de alguém uma repreensão de que falava demais. Ele não ficou com raiva por causa disso, mas no entanto permaneceu em silêncio por um ano inteiro até que os irmãos lhe imploraram que voltasse a falar e lhes ensinasse sua sabedoria dada por Deus.

LEONARDO MURIALDO Sacerdote salesiano, Fundador, Santo 1828-1900

Leonardo Murialdo nasce em Turim no ano de 1828, oitavo filho de uma família rica. Órfão de pai com apenas quatro anos, recebe, contudo uma ótima educação cristã no colégio dos Escolápios de Savona. Na juventude, atravessa uma profunda crise espiritual que o levará à conversão e à descoberta da vocação sacerdotal. Inicia em Turim os estudos filosóficos e teológicos. Começa a trabalhar, nesses anos, no oratório do Anjo da Guarda, dirigido pelo primo, o teólogo Roberto Murialdo. Graças a essa colaboração toca com as mãos as problemáticas da juventude de Turim: meninos de rua, encarcerados, limpadores de chaminés, serventes de bar. Em 1851 é ordenado sacerdote. Começa a trabalhar em estreito contato também com o Padre Cafasso e com Dom Bosco, e deste último aceita a direção do Oratório São Luís. Leonardo respira o sistema preventivo, encarna-o e aplica-o em todas as suas futuras obras educativas. Em 1866 aceita a direção do Colégio Pequenos Artesãos de Turim, dedicado à acolhida, à formação humana, cristã e profissional de jovens pobres e abandonados. Faz inúmeras viagens pela Itália, França e Inglaterra para visitar instituições educativas e assistenciais, para aprender, confrontar e melhorar o próprio sistema educativo. Figura entre os promotores das primeiras bibliotecas populares católicas e da União dos Operários Católicos, de que será por longos anos assistente eclesiástico.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE MARÇO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, 
redentorista 
flcastro22@gmail.com 
Oração da manhã para todos os dias
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Terça-feira santa – Santos: Régulo, Donino, João Clímaco
Evangelho (Jo 13,21-33.36-38) “Darás a tua vida por mim? Em verdade, em verdade te digo: o galo não cantará antes que me tenhas negado três vezes”.
Aquele momento à mesa, que tinha tudo de ceia de despedida, estava cheio de emoção e tristeza. Jesus, como que magoado, falou da traição de um de seus discípulos. Sabia que os outros não o poderiam acompanhar naquela hora, porque seu coração ainda não se abrira de todo. Sabia não poder contar com Pedro que prometia: – Eu darei minha vida por ti! Triste responde: – Darás tua vida por mim?
Oração
Senhor Jesus. Compreendo Pedro, tão confiante em si como eu. Ajudai-me a cair em mim, e compreender quanto sou frágil e vulnerável. Basta muito pouco para me esquecer de vós, das promessas que vos fiz. Dai-me a firmeza de um amor muito grande, que me prenda a vós e não me deixe fugir. Peço por mim e por todos que vos querem seguir, para que nossa vida tenha sentido. Amém.

segunda-feira, 29 de março de 2021

174. OS DOIS AMIGOS.

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Manhã fria na roça. 
No momento da ordenha, João diz para a esposa: 
- Acho que nosso amigo Antônio não tem leite para o café. O bezerro da sua vaquinha foi desmamado. Arranje uma vasilha. Vou levar um pouco de leite para ele. 
Antônio, residente a dois quilômetros de distância, vendo a esposa fazendo café, lembra-lhe: 
- Acho que acabou o pó-de-café do compadre João. Vou levar um pouco para a patroa dele. 
Os dois saíram de casa, no meio de uma neblina fria. 
João ia levando leite para o Antônio. 
Antônio, o pó de café para o João. 
Encontraram-se no meio do caminho. 
Foi uma surpresa e uma festa: 
- Pois é, compadre Antônio, achei que você deve estar sem o leite para as crianças... 
- E eu assuntei com a patroa que seu pó-de-café acabou. Foi, não foi?
Lição para a vida: Quando se é amigo de verdade, um adivinha até o pensamento do outro.

REFLETINDO A PALAVRA - “Salmos, oração do povo de Deus”.

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
53 ANOS CONSAGRADO
45 ANOS SACERDOTE
O que são os salmos?
 
Ao longo da história de Israel, por sua experiência tão forte de Deus, pela experiência de aliança com Ele, o povo desenvolveu uma grande capacidade de oração. Outros povos de outras religiões também tinham suas orações que são também belas, mas que nós não usamos. O povo de Israel deixou-nos uma preciosa herança de estrutura de oração e belos textos que chamamos de salmos, palavra que significa cânticos. Estes cânticos foram inicialmente recitados espontaneamente no templo e foram, por sua beleza, tornando-se modelo para outros cânticos. Posteriormente foram colecionados e colocados no conjunto dos livros inspirados. São orações que têm a inspiração do Espírito Santo. Fazem conjunto com outros livros sapienciais e ensinamentos como Sabedoria, Eclesiastes, Jó, Eclesiástico e Cânticos dos Cânticos. O livro dos salmos é um livro de orações inspiradas nas orações de outras pessoas. São um caminho para o diálogo com Deus. 
Jesus rezava os salmos. 
Joaquim Jeremias, um grande teólogo, diz que Jesus pertencia a um povo que sabia rezar. Jesus seguia os costumes do seu povo quanto a sua vida de oração. Usa na sua vida textos dos salmos, como podemos ver em sua morte: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?” (Sl 22,1). Os apóstolos, seguindo também o mesmo costume, dizem que os salmos e os profetas falam de Jesus. Quando vemos Jesus falar com seu Pai, podemos ver como usa os salmos. E, sobretudo, rezar os salmos é também rezar com Jesus. 
Salmos, caminho da oração. 
O salmo não é só uma oração, mas é o caminho da oração. Tem todos os sentimentos da oração. Nós encontramos nos salmos os sentimentos que temos em nós: agradecimento, súplica, arrependimento, louvores. Cada frase de um salmo ilumina e cura nosso coração. É importante também notar que, na oração comum, temos muitas pessoas juntas que rezam o mesmo salmo. Um pode estar alegre e outro triste. Isso não é mau para a oração, ao contrário, responde bem à Palavra de Deus que diz: “chorai com os que choram, alegrai-vos com os que se alegram” (Rm 12,15). Assim nossa dor é aliviada pela alegria do outro e nossa alegria é controlada pela dor do irmão. Assim somos solidários na oração. O salmo é o equilíbrio da comunidade e dos sentimentos. Ele permanece sempre uma oração viva? Porque é a oração que nasce do coração das pessoas. É falar com Deus com as palavras de Deus. Não deixe suas orações tradicionais, mas reze também os salmos. Cada salmo é um tesouro. Não são orações a serem lidas, mas rezadas. Cada versículo é uma Palavra de Deus. Reze e repita. Tenha alguns de memória. Ao ler a bíblia, procure sempre acrescentar aos textos lidos, um salmo, pois assim pode iluminar a Palavra de Deus que acaba de ler. Isso nós o fazemos na missa. Quanto termina a primeira leitura temos um salmo. Ele é uma resposta da comunidade à Palavra proclamada. Além do mais ele explica o texto lido. Deste modo, o que ouvimos torna-se oração.
ARTIGO REDIGIDO E PUBLICADO
EM SETEMBRO DE 2003

EVANGELHO DO DIA 29 DE MARÇO

Evangelho segundo São João 12,1-11. 
Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia, onde vivia Lázaro, que Ele tinha ressuscitado dos mortos. Ofereceram-Lhe lá um jantar: Marta andava a servir e Lázaro era um dos que estavam à mesa com Jesus. Então, Maria tomou uma libra de perfume de nardo puro, de alto preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-Lhos com os cabelos; e a casa encheu-se com o perfume do bálsamo. Disse então Judas Iscariotes, um dos discípulos, aquele que havia de entregar Jesus: «Porque não se vendeu este perfume por trezentos denários, para dar aos pobres?». Disse isto, não porque se importava com os pobres, mas porque era ladrão e, tendo a bolsa comum, tirava o que nela se lançava. Jesus respondeu-lhe: «Deixa-a em paz: ela tinha guardado o perfume para o dia da minha sepultura. Pobres, sempre os tereis convosco; mas a Mim, nem sempre Me tereis». Soube então grande número de judeus que Jesus Se encontrava ali e vieram, não só por causa de Jesus, mas também para verem Lázaro, que Ele tinha ressuscitado dos mortos. Entretanto, os príncipes dos sacerdotes resolveram matar também Lázaro, porque muitos judeus, por causa dele, se afastavam e acreditavam em Jesus. 
Tradução litúrgica da Bíblia
São Cromácio de Aquileia (407)Bispo 
Sermão 11 
«A casa encheu-se com o 
perfume do bálsamo» 
Depois de ter ungido os pés do Senhor, esta mulher não os limpou com uma toalha, mas com os próprios cabelos, para melhor honrar o Senhor. Qual homem sedento que bebe de uma fonte que cai em cascata, também esta mulher bebeu da fonte da santidade uma graça cheia de delícias, para saciar a fome da sua fé. No sentido alegórico ou místico, porém, esta mulher prefigurava a Igreja, que ofereceu a Cristo a devoção plena e total da sua fé. Uma libra são doze onças; e tal é a medida do perfume que a Igreja recebeu, como perfume precioso, dos ensinamentos dos doze apóstolos. Com efeito, não há nada mais precioso como os ensinamentos dos apóstolos, que contêm a fé em Cristo e a glória do Reino dos Céus. Além disso, diz o Evangelho que a casa se encheu com a fragrância deste perfume, porque o mundo se encheu com os ensinamentos dos apóstolos: «por toda a Terra caminha o seu eco, até aos confins do Universo a sua palavra» (Sl 8,5). O Cântico dos Cânticos oferece-nos as palavras que Salomão põe na boca da Igreja: «O teu nome é como perfume derramado» (Cant 1,3). É com razão que o nome do Senhor é designado por «perfume derramado»: como sabeis, enquanto permanece dentro do recipiente, o perfume conserva em si a força da sua fragrância; mas, quando é derramado, difunde essa fragrância. Da mesma maneira, enquanto reinava no Céu com o Pai, o nosso Senhor e Salvador era ignorado pelo mundo, era desconhecido neste mundo. Mas quando, pela nossa salvação, Se dignou humilhar-Se, descendo do Céu para tomar um corpo humano, nessa altura, difundiu por todo o mundo a doçura e o perfume do seu nome.

São Segundo, mártir

Dizem que o Pó é o rio mais comprido e mais curto da Itália. Da nascente até a foz mede 652 km, mas quanto ao nome tem só duas letras. Ele tem duas cheias e duas baixas durante o ano, mas tem sempre um aspecto imponente com seus 1500 metros cúbicos de água por segundo. Estas notícias têm um significado no perfil de são Segundo de Asti. Um dos episódios característicos de sua vida é precisamente a travessia do rio Pó a cavalo. São Segundo é muito popular no norte da Itália, padroeiro de Asti e Ventimiglia. Grande parte das notícias são lendárias e antigas. Na metade do século IX fala-se de uma igreja em sua honra. A lenda narra que Segundo era jovem de família nobre. Admirava o heroísmo de tantos mártires cristãos e visitava-os nos cárceres de Asti. São Calógero de Bréscia teve oportunidade de falar-lhe demoradamente a respeito da mensagem cristã. Algum tempo depois, Segundo, que era amigo de Saprício, prefeito da cidade, foi com ele a Tortona. Ali encontrava-se em andamento o processo de Marciano (uma tradição o considera primeiro bispo de Tortona, depois martirizado sob Adriano, no início do século II).

SANTOS JONAS E BARACHISO

Origens
 
Jonas e Barachiso eram irmãos, cristãos, cheios de fé. Sabe-se que nasceram na Pérsia, atual Iraque, na cidade de Beth-Asa. O que se sabe sobre a vida deles resume-se ao porque foram presos e às terríveis torturas que sofreram. Tais torturas, ocorridas no ano 327, contém um dos momentos mais violentos infringidos aos cristãos de todos os tempos. Tudo foi descrito por um pagão, que era comandante da cavalaria do imperador persa chamado Sapor. 
Corajosos e misericordiosos 
O pouco que se sabe dos dois irmãos antes se serem mortos, é que eles visitaram cristãos presos na cidade de Hubahan. Na época, a Igreja Persa sofria uma das mais terríveis perseguições de que se sabe até hoje. O ódio aos cristãos foi decretado pelo cruel imperador Sapor. Os irmãos Jonas e Barachiso decidiram enfrentar o perigo para levar consolo e força aos cristãos presos. Estes seriam martirizados dali a poucos dias. Somente na prisão daquela cidade, nove condenados aguardavam a morte, pelo simples fato de serem cristãos.

São José de Arimateia SÉC. I

José de Arimateia era assim conhecido por ser de Arimateia, cidade da Judeia. Homem rico, senador da época, era membro do Sinédrio, o Colégio dos mais altos magistrados do povo judeu. José de Arimateia, juntamente com Nicodemos, providenciou a retirada do corpo de Cristo da cruz após solicitação feita a Pôncio Pilatos. De acordo com o Evangelhos, era o dono do sepulcro onde Jesus, seu amigo, foi depositado, num horto a cerca de 30 metros do local da crucifixão e de onde ressuscitou três dias depois da morte. A tradição atribui também a José o lençol de linho em que Jesus foi envolvido, conhecido hoje como o Santo Sudário.

Santo Eustáquio (ou Eustásio), Monge, Mártir (+629), 29 de Março

Santo Eustáquio (ou Eustácio) é um lendário mártir e santo cristão, que teria vivido no final do Século I e início do Século II da nossa Era. Antes da sua conversão ao Cristianismo, Eustáquio era um general romano de nome Plácido (latim:PLACIDVS) a serviço do imperador Trajano. Enquanto caçava nas proximidades de Roma, Plácido teve uma visão de Jesus entre os anjos. Ato contínuo, converteu-se, fez-se batizar a si e à sua família, e mudou o seu nome para o grego Eustachion (com o significado de «boa fortuna»). Uma série de calamidades abateram-se sobre o recém-convertido e a sua família, para testar a sua fé: foi roubado, teve a esposa raptada pelo capitão do navio onde seguia e, por fim, ao atravessar um rio, os seus dois filhos foram levados, um por um lobo, outro por um leão. Tal como Jó, Eustáquio lamentou-se, mas não vacilou nem perdeu a fé.

SÃO CONSTANTINO

Rei de uma região da Inglaterra, casou-se, mas não assumiu seriamente essa aliança, tanto que deixou a esposa para se dedicar às guerras militares. Nessa aventura de poder e fama, ele – como São Paulo – ‘caiu do cavalo’. Era pagão; converteu-se ao Cristianismo e assumiu seriamente o chamado à santidade. Entrou para um mosteiro irlandês e descobriu seu chamado ao sacerdócio. Junto com outro santo, percorreu muitas regiões da Inglaterra anunciando o nome de Jesus, que tem o poder de nos dar a vitória sobre o ‘homem velho’. Constantino foi martirizado no ano de 598, atacado por pagãos duros de coração ante o Evangelho. São Constantino, rogai por nós!

Nossa Senhora das Dores

Celebramos sua compaixão, piedade; suas sete dores cujo ponto mais alto se deu no momento da Crucificação de Jesus
“Quero ficar junto à cruz, velar contigo a Jesus e o teu pranto enxugar!”
Eis como a Bem-aventurada Virgem revelou a Santa Brígida o estado lastimoso do seu Filho moribundo, conforme ela o presenciou:
     “Estava meu Amado Jesus na cruz, todo aflito e agonizante; os olhos estavam encovados e meio fechados e amortecidos; os lábios pendentes e a boca aberta; as faces descarnadas, pegadas aos dentes e alongadas; afilado o nariz, triste o rosto; a cabeça pendia-lhe sobre o peito; os cabelos estavam negros de sangue, o ventre unido aos rins; os braços e as pernas inteiriçadas e todo o resto do corpo coalhado de chagas e de sangue”.
     Ó pobre de meu Jesus! Ó martírio cruel para o coração de uma mãe!
CONTINUA EM MAIS INFORMAÇÕES

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29 DE MARÇO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, 
redentorista 
flcastro22@gmail.com 
Oração da manhã para todos os dias
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 – Segunda-feira santa – Santos: Jonas, Eustácio, Secundo
Evangelho (Jo 12, 1-11) Maria, tomando quase meio litro de perfume de nardo puro e muito caro, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com seus cabelos.”
Marta, Maria e Lázaro, família amiga de Jesus. Não era simples amizade; acreditavam nele e aceitavam suas propostas de vida. No gesto de Maria estava o coração dos três, e queriam mostrá-lo com aquele perfume precioso com que o acolhiam. Nossa amizade com Jesus, nosso comprometimento com ele, mais do que com palavras, devem mostrar-se em nossa vida, com o mais preciso que há em nós.
Oração
Senhor Jesus, aceito a amizade que me ofereceis, e quero amar-vos o mais que puder. E quero mostrar isso não só em pensamento ou palavras, mas com minha vida; com os pequenos gestos de cada dia e com o que de melhor e maior puder oferecer. Fazei-me generoso convosco, sem medo nem mesquinhez. Que eu ponha toda a minha vida a vosso serviço e para o bem de meus irmãos e irmãs. Amém.

domingo, 28 de março de 2021

173. O BOBO DA CORTE.

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Os reis sempre tiveram o assim chamado “palhaço da corte” para divertir a eles e seus cortesãos nas horas de tédio e ociosidade. 
Certo dia, mais entediado e neurastênico do que nunca, o rei mandou chamar o palhaço para distraí-lo com suas lorotas. 
O pobre palhaço com o repertorio esgotado, acabou repetindo alguma história, embora contada com bastante calor. 
Mas o rei, que estava mesmo com “ovo atravessado” aquele dia, lhe disse:
- Tome esta bengala. Ande com ela para cima e para baixo. Quando encontrar um mais bobo que você, passe a bengala para ele. 
O palhaço saiu levando a bengala. 
Passado pouco tempo o rei adoeceu gravemente. 
Lá estava o palhaço fiel, com sua bengala, solícito e pronto para ajudar seu soberano e prepará-lo para a morte: 
- Majestade, o Senhor já pensou o que o espera na outra vida? 
- Não! – respondeu secamente. 
- Preparou-se para o encontro com Deus, nosso juiz e Pai? 
- Não! 
- Então tome esta bengala, pois achei alguém mais bobo do que eu. Vossa Majestade nunca pensou no que o espera depois da morte. 
Lição para a vida: Lembra-te dos teus novíssimos em todas as tuas ações e jamais pecarás (Ecli 7,36).

Homilia do Domingo de Ramos (28.03.21)

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
53 ANOS CONSAGRADO
45 ANOS SACERDOTE
“Bendito o que vem” 
 Domingo de Ramos
Celebramos o 6º domingo da Quaresma, caminhando para o Tríduo Pascal. Nesse dia celebramos o Domingo de Ramos que é uma memória desse momento da vida de Cristo. Os fatos de sua vida não podem ser conhecidos só como um acontecimento fechado em si, mas se direcionam para a realização do desígnio salvador do Pai na morte e ressurreição de Cristo. A oração Pós-Comunhão da Missa diz: “Como pela morte de vosso Filho nos destes esperar o que cremos, dai-nos, pela sua ressurreição, alcançar o que buscamos”. Estamos envolvidos no Mistério da Redenção. Por ele fazemos nossa Páscoa. A celebração de hoje tem dois momentos: a festiva entrada de Jesus saindo de Betfagé até Jerusalém. É uma celebração na qual refazemos espiritualmente aquele momento. O segundo é a Missa que tem o clima da Paixão. Nela lemos a narrativa de sua Paixão segundo Marcos. Podemos até dizer que começamos alegres, para encontrar, depois da dor da Paixão, a alegria da Páscoa. Retomamos a tensão da semana que Jesus viveu em Jerusalém. É curioso notar que a entrada de Jesus está direcionada à cidade, não só no sentido físico, mas espiritual, quando ele chora sobre ela dizendo: “Ah! Se nesse dia também tu conhecesses a mensagem da paz” (Lc 19,41). O sentido espiritual da procissão que fazemos é fazer com Jesus a caminhada do sofrimento para a ressurreição. Isso é já participar do Mistério Pascal de Jesus. Não colocamos ramos ou mantos sobre o caminho, mas colocamos os nossos corações para que Jesus possa entrar em nossa Jerusalém. 
Humilhou-se até a morte 
A primeira leitura e a carta de Paulo aos Filipenses descobre para nós a figura do Servo sofredor ao qual Jesus é identificado. Isaías descreve-o como um sofredor que não recusa o sofrimento. A figura profética do Servo lembra os sofrimentos de Jesus. Por que Jesus sofre? Esse hino de Filipenses, usado pela comunidade, reflete o sofrimento de Jesus que assume a forma de escravo – servo. A aniquilação de Jesus (kénosis – na linguagem da teologia) descreve sua pessoa no máximo de sua humanidade sofredora. Em Jesus, a virtude que o faz redentor é a humildade. Humano, igual a nós, humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte e morte de cruz. Morte de cruz não é só a morte dada ao escravo, mas é também um sinal de maldição: “Aquele que é pendurado é um objeto da maldição divina” (Dt 21,23). Quando os chefes dizem: “Crucifica-o” (Mc 15,13), estavam dizendo que nem Deus O quer. Por isso Jesus vai clamar na cruz: “Meu Deus, Meu Deus, por que me abandonastes?” (Mc 15,34). Essa foi a maior humilhação para Jesus, pior que a dor. O salmo 21, que Jesus reza na cruz, descreve os sofrimentos da Paixão. 
Anunciarei vosso nome 
O salmo faz uma bela leitura desse momento doloroso de humilhação pelo qual Jesus passa. Em Jesus, e também em nós, o sofrimento não é o fim de tudo. O Deus que fere, cura as feridas (Jó 5,18). O salmo reza: “Anunciarei o vosso nome a meus irmãos e no meio da assembleia hei de louvar-vos” (Sl 21). O Mistério Pascal de Cristo continua no anúncio como já feito após a Ressurreição como Jesus diz: “Vá dizer a meus irmãos” (Jo 20,17). É um anúncio de Vida. A Ressurreição explica todo o sofrimento que Jesus teve que passar. Torna-se assim a garantia de tudo que passamos por seguir Jesus. O sofrimento jamais é sem sentido. Jesus deu o sentido ao inexplicável: A vida doada. O resultado depende de Deus. “O grão de trigo... se morrer, produz muito fruto” (Jo 12,24). 
Leituras: Marcos 11,1-10;Isaías 50,4-7;
Salmo 21; 
Filipenses 2,6-11;Marcos 15,1-39. 
1. O sentido espiritual da procissão é fazer a caminhada do sofrimento para a ressurreição. 
2. A aniquilação de Jesus descreve sua pessoa no máximo de sua humanidade sofredora. 
3. O sofrimento jamais é sem sentido. Jesus deu o sentido ao inexplicável. A vida doada. 
Uma festa sem convite 
Jesus mandou pegar um jumentinho que ninguém montara ainda. Devia ser novo e pequeno. E o povo faz festa. Não sabia o que estava acontecendo, mas estava bom. Tem até a lenda de que ele pensava que a festa era para ele. Depois, sozinho, ninguém ligou para ele. A festa era do povo que via em Jesus a esperança. Às vezes achamos que somos o centro. Penso que participar da festa de Jesus é estar feliz com Ele na festa dele. Não é dar uma de jumento, mas, que a gente leve Jesus por onde for, mesmo não entendendo o que Ele faz. Já está bom.

EVANGELHO DO DIA 28 DE MARÇO

Evangelho segundo São Marcos 14,1-72.15,1-47. 
Faltavam dois dias para a festa da Páscoa e dos Ázimos, e os príncipes dos sacerdotes e os escribas procuravam maneira de se apoderarem de Jesus à traição, para Lhe darem a morte. Mas diziam: «Durante a festa, não, para que não haja algum tumulto entre o povo». Jesus encontrava-Se em Betânia, em casa de Simão, o Leproso, e, estando à mesa, veio uma mulher que trazia um vaso de alabastro com perfume de nardo puro de alto preço. Partiu o vaso de alabastro e derramou-o sobre a cabeça de Jesus. Alguns indignaram-se e diziam entre si: «Para que foi esse desperdício de perfume? Podia vender-se por mais de duzentos denários e dar o dinheiro aos pobres». E censuravam a mulher com aspereza. Mas Jesus disse: «Deixai-a. Porque estais a importuná-la? Ela fez uma boa ação para comigo.

Santa Gisela RAINHA, ABADESSA, +1065

Era filha do duque bávaro, Henrique (O Briguento) e de Gisela de Barganha. Em 1096 os emissários de Geiza da Hungria vieram a sua casa, para alegria de seus pais, pedir sua mão em casamento. Gisela que se houvera consagrado a Deus no íntimo de seu coração não conseguiu alterar esta situação e assim mudou-se para a corte principesca húngara. Porem sua meta continuava a ser a de levar todo o povo para Cristo. Gisela foi coroada e ungida como primeira rainha cristã dos húngaros e com ela, seu marido Estevão que se converteu ao cristianismo por sua influência. Gisela ajudou na construção e nos reparos de Igrejas, construiu a Catedral de Vezprim para a qual doou ricos feudos. Mandou vir escultores da Grécia para embelezarem as Igrejas. Porém passou por grandes sacrifícios. Perdeu a primeira filha e, logo depois, o filho. Outras duas filhas se casaram e jamais as reviu por partirem para terras muito distantes. Seu filho Américo, que deveria suceder-lhe no trono real, também faleceu. Mais tardetambém ele foi canonizado pela sua santidade.

SÃO CASTOR, MÁRTIR DE TARSO

É comemorado pelo Martirológio Jeronimiano (o mais antigo catálogo dos mártires cristãos da Igreja Latina, século V) e pelo Martirológio Romano: segundo a tradição, teria sido martirizado em Tarso, na Cilícia (atual Turquia) com outros cristãos, Dorotheus e Estêvão

Beata Joana Maria de Maillé – 28 de março

     Relutante em se casar aos 16 anos, viúva com um pouco mais de 30, expulsa de casa pelos parentes do marido, nos restantes 50 anos de sua vida foi obrigada a viver sem abrigo. Tantos percalços estão concentrados na vida da Beata Joana Maria de Maillé que nasceu rica e mimada no Castelo de La Roche, perto de Saint-Quentin, Touraine, em 14 de abril de 1331. Seus pais eram o Barão de Maillé Hardoin e Joana, filha dos Duques de Montbazon.
     Sua família se destacava pela devoção. Ela cresceu sob a orientação espiritual de um franciscano, mostrando uma particular devoção a Maria. Dedicava-se a orações prolongadas e fez precocemente o voto de virgindade. Aos onze anos, no dia de Natal, pela primeira vez teve um êxtase: Maria Santíssima lhe apareceu segurando em seus braços o Menino Jesus. Uma doença que quase a levou à morte serviu para desprendê-la mais e mais da terra e torná-la mais próxima de Deus.