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| PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA REDENTORISTA 53 ANOS CONSAGRADO 45 ANOS SACERDOTE |
No tempo pascal somos instruídos pela Palavra que nos ensina o que é ser cristão, pois somos redimidos e adotados como filhos. Somos adotados, como filhos, pois o estamos unidos a Cristo pela nossa união com Ele. Jesus, para dar as explicações usa termos muito fáceis de compreensão. Nas verdades sobre Deus, quanto mais profundo, mais simples. Toda nossa ligação com Ele se faz, como em uma árvore. Jesus usa a comparação da videira. Falava por parábolas! A comparação funda-se na realidade da permanência em Cristo e estar unido a Ele.
Permanecer unido a Cristo.
Permanecer unido a Cristo é a realidade fundamental do ser cristão. Permanecer é uma palavra rica que não significa só estar em um lugar. Significa estabilidade, perenidade, segurança. A partir do Batismo deu-se em nós uma mudança no ser. O que se passa entre nós e Cristo é na linha da realidade ontológica, de nosso ser, não somente de exterioridade. Passamos a uma vida nova e diferente: participamos da vida de Cristo que é vida divina. Estamos unidos a Ele. Não é uma união de afeto ou decisão por um partido, mas é ter sua vida. A mesma vida, a mesma seiva que corre pelo tronco corre pelos ramos. É uma ligação total: ser ramo é estar unido ò tronco. Ser cristão é estar unido a cristo, ter a mesma vida, o mesmo ser e produzir os frutos que vem da união. O ramo tem a vida do tronco.Se estiver fora dele, morre. O Pai é quem cuida desta planta. Se não produz fruto Ele o corta. Se produzir fruto, poda para que dê mais fruto. Notemos que o batismo nos introduz nesta vida, nesta ligação, mas temos que corresponder, não como um galho, mas como seres vivos que tem responsabilidade e consciência do que fazem.
Condições para permanecer unido a Cristo.
O sacramento é um dom: recebemos, mesmo sem mérito, como a redenção que Jesus no dá. Nós queremos o sacramento em nossa condição de fragilidade. Contudo, ele nos dá mais que pedimos. Exige, contudo, para que produza fruto, que permaneçamos unidos a Cristo. Nós o faremos deixando suas Palavras permanecerem em nós. Guardando seus mandamentos permaneceremos nele (O cristão corre o risco de buscar só as exterioridades e não a realidade de sua vida). Podemos lembrar que o mandamento de Jesus é este: crer nEle e amarem-se uns aos outros. Ter Jesus como a primeira e última razão da vida e amar os outros, é permanecer em Cristo. Do contrário será ramos fora da árvore: Secam e serão queimandos. Sem Jesus e sem o amor, não permaneceremos unidos a Ele, não teremos sua vida e não produziremos frutos.
Resultado da união.
O primeiro resultado é anunciar Jesus. Quem o tem, como um gralho, faz crescer a árvore. Quem não anuncia é porque não está unido. Como Paulo que de perseguidor passou a anunciador: fazia a Igreja, o corpo de Cristo, crescer. Se permanecermos podemos rezar e pedir, e o Pai nos ouvirá (Jo.15,7): “Nisto meu Pai é glorificado: recebendo, podemos produzir frutos”.
Leituras: Atos 9,26-31;
1 João 3,18-24; João.1-8
Homilia do 5º domingo da Páscoa (18.05)
EM MAIO DE 2003
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