PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA REDENTORISTA 52 ANOS CONSAGRADO 45 ANOS SACERDOTE |
“Quem come a minha carne e bebe meu sangue, permanece em mim e eu nele”(Jo.6,57). Estas palavras de Jesus dão uma dimensão da Eucaristia que explica porque Jesus diz que sua carne é verdadeira comida e seu sangue é verdadeira bebida. A finalidade do alimento é dar vida. Ele dá vida e transforma-nos em sua vida. Surge uma união profunda do ser de Cristo com nosso ser. No Antigo Testamento vimos como Deus, no caminho da libertação, alimenta o povo no deserto com o pão vindo do céu, o maná. Deus sacia o seu povo com o melhor alimento. Jesus, dá o verdadeiro pão do Céu e a verdadeira bebida, seu Corpo e Sangue. Ele diz: “quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna”. Jesus é o “Pão vivo que desceu do Céu”. “O pão que eu darei é minha carne para a vida do mundo”. Onde encontramos este pão e este vinho? Na Eucaristia, pelos sinais sacramentais na celebração, o Espírito faz, do pão, Corpo do Senhor e do vinho, Sangue do Senhor. Assim nos alimentamos e temos em nós a presença corporal de Jesus.
Há ainda um problema que me parece sério dentro de todas as riquezas da Eucaristia: a presença de Jesus em nós a partir da comunhão. Há interesse de ir à missa e comungar. Depois, tendo a Eucaristia em nós queremos tocar o ostensório, como se fosse um Jesus mais forte. Mas Ele está em mim realizando a permanente transformação Nele. É preciso valorizar esta presença através do diálogo pessoal, fora da celebração, lá em casa, no trabalho. É preciso vê-lo presente e atuante no outro. É preciso, ir à missa, ir adorar Jesus, mas é necessário estar unido a Ele nesta permanente presença em nós, com a qual Ele nos transforma.
(Leituras: Deuteronômio 8,2-3.14b-16;1
Coríntios 10,16-17; João 6, 51-58)
Homilia da Festa do Ssmo. Sacramento
EM 30 DE MAIO DE 2002
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