PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA REDENTORISTA 52 ANOS CONSAGRADO 45 ANOS SACERDOTE |
No sermão da Montanha conhecemos o coração da pregação de Jesus. Neste texto estão indicadas as condições fundamentais para o viver autêntico. O que vive estas condições está ouvindo a Palavra de Deus e colocando em prática, como requer o evangelho. Estará construindo sobre a rocha. Que rocha é está? “O Senhor é minha rocha”, diz o salmo 18,2. Ouvir a Palavra e a pôr em prática é extremamente importante para vida cristã. É necessário estar atentos ao que Deus nos comunica e, ao mesmo tempo, ser coerente e colocá-lo em prática. A primeira leitura chama a atenção para a obediência aos mandamentos. Obedecer, abrir os ouvidos, envolvendo todo nosso interior na verdade comunicada. A leitura continua dizendo que não se deve deixar o caminho que está sendo indicado. Não basta saber, é preciso mostrá-lo através das obras. Jesus diz: quem ouve minhas palavras e as põe em prática, este constrói sobre a rocha.
Nestas duas palavras, ouvir e por em prática, há um elemento mais profundo: Primeiro escutar e depois realizar as obras . Isso leva a não agir segundo o próprio gosto mas buscando a medida e o gosto de Deus. Quem não está disposto a antes escutar, como fez Maria e não Marta, será censurado. Nenhuma ação cristã deve ser feita sem ter passado, antes, pela contemplação. Escutar significa também estar atento ao modo Jesus. Em tudo Jesus colocava a referência ao Pai. Quer sempre fazer a vontade do Pai. Seja feita a vossa vontade, rezamos no Pai Nosso.
Decidir-se por Deus é escolher a bênção. Esta bênção é aquela fortaleza sobre a qual construímos nossa casa inabalável. Maldição é construir sobre os próprios desejos. Isso leva à ruína. Deus faz todos nossos desejos quando fazemos todos os seus. Assim estaremos bem, pois Ele só quer nosso bem, diz Santo Afonso. Para viver esta Palavra, basta torná-la parte de nossa busca no dia a dia. Na vida das comunidades, a junção do ouvir e agir é uma questão de vida e morte. Sem a audição da Palavra somos ativistas. Se não agirmos somos inúteis e não seguimos o impulso redentor que a Palavra nos injeta.
(leituras: Deuteronômio 11,18.26-28.32;
Romanos 3,21-25a.28; Mateus 7,21027)
Homilia do 9º domingo do Tempo Comum
EM JUNHO DE 2002
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