terça-feira, 1 de setembro de 2020

EVANGELHO DO DIA 1 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 4,31-37. 
Naquele tempo, Jesus desceu a Cafarnaum, cidade da Galileia, e ali ensinava aos sábados. Todos se maravilhavam com a sua doutrina, porque falava com autoridade. Encontrava-se então na sinagoga um homem que tinha um espírito de demónio impuro, que bradou com voz forte: «Ah! Que tens que ver connosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos destruir? Eu sei quem Tu és: o Santo de Deus». Disse-lhe Jesus em tom severo: «Cala-te e sai desse homem». O demónio, depois de o ter arremessado para o meio dos presentes, saiu dele sem lhe fazer mal nenhum. Todos se encheram de assombro e diziam entre si: «Que palavra esta! Ordena com autoridade e poder aos espíritos impuros e eles saem!». E a fama de Jesus espalhava-se por todos os lugares da região. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Cirilo de Jerusalém(313-350)
Bispo de Jerusalém, doutor da Igreja 
Catequeses baptismais, n.° 11, 5-10 
«A vossa palavra omnipotente»(Sb18,15) 
Deus é espírito (Jo 5,24). Aquele que é espírito gerou, pois, espiritualmente, por uma geração simples e incompreensível. O próprio Filho diz do Pai: «O Senhor disse-Me: "Tu és meu Filho, hoje mesmo Te gerei"» (Sl 2,7). Este hoje não é recente, mas eterno; este hoje não é deste tempo, mas de todos os séculos. «Desde o dia do teu nascimento, receberás o principado no esplendor sagrado, desde o seio materno, desde a aurora da tua infância» (Sl 109,3). Crê, pois, em Jesus Cristo, Filho do Deus vivo, mas Filho único, como afirma o Evangelho: «Porque Deus amou de tal modo o mundo que lhe deu o seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna» (Jo 3,16). São João afirma a este propósito: «E nós vimos a sua glória, glória que Lhe vem do Pai, como Filho único cheio de graça e de verdade» (Jo 1,14). Os próprios demónios, tremendo à sua frente, gritavam: «Ah! Que tens que ver connosco, Jesus de Nazaré? Sei quem Tu és: o Santo de Deus». Ele é, portanto, Filho de Deus por natureza e não por adoção, pois nasceu do Pai. O Pai, Deus verdadeiro, gerou o Filho à sua semelhança, Deus verdadeiro. O Pai gerou o Filho de forma diferente de como nos homens o espírito gera a palavra; pois o espírito subsiste em nós, enquanto a palavra, uma vez pronunciada, se desvanece. Ora, nós sabemos que Cristo foi gerado «pela palavra de Deus vivo e eterno» (1Pe 1,23), nascida do Pai eternamente, de modo inexprimível, da mesma natureza que Ele: «No princípio existia o Verbo e o Verbo era Deus» (Jo 1,1). Palavra que contém a vontade do Pai e cria todas as coisas por sua ordem; Palavra que desce e que volta (cf Is 55,11); Palavra cheia de autoridade e que tudo rege, porque Jesus sabia que o Pai depositara todas as coisas nas suas mãos (cf Jo 13,3).

Nenhum comentário:

Postar um comentário