terça-feira, 4 de agosto de 2020

EVANGELHO DO DIA 4 DE AGOSTO

Evangelho segundo São Mateus 15,1-2.10-14. 
Naquele tempo, aproximaram-se de Jesus alguns fariseus e escribas, vindos de Jerusalém, e perguntaram-Lhe: «Porque desobedecem os teus discípulos à tradição dos antigos e não lavam as mãos antes de comer?». Jesus chamou a multidão para junto de Si e disse-lhes: «Ouvi-Me e procurai compreender: não é o que entra na boca que torna o homem impuro. O que sai da boca é que o torna impuro». Então, os discípulos aproximaram-se e disseram-Lhe: «Sabes que os fariseus ficaram ofendidos ao ouvirem as tuas palavras?». Mas Jesus respondeu-lhes: «Toda a planta que não foi plantada por meu Pai será arrancada. Deixai-os. São cegos a guiarem cegos. E, se um cego guia outro cego, acabam por cair ambos numa cova». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Orígenes(185-253) 
Presbítero, teólogo.
Homilia 1 sobre o Levítico;PG12,405
«São cegos a guiarem cegos» 
Quando, nos últimos dias, o Verbo de Deus nasceu de Maria revestido de carne e Se mostrou neste mundo, aquilo que se via dele não era o que a inteligência podia discernir. Ver a sua carne era para todos, mas o conhecimento da sua divindade era dado apenas a alguns. Do mesmo modo, quando o Verbo de Deus Se dirige aos homens através da Lei antiga e dos profetas, apresenta-Se coberto de vestes adequadas. Na sua encarnação, vestiu-Se de carne; nas Sagradas Escrituras, está vestido com o véu das letras. O véu das letras é comparável à sua humanidade, e o sentido espiritual da Lei à sua divindade. No livro do Levítico, encontramos os ritos do sacrifício, as diversas vítimas, o serviço litúrgico dos sacerdotes; bem-aventurados os olhos que veem o Espírito divino oculto no interior do véu. Quando alguém se vira para o Senhor, diz o apóstolo Paulo, o véu é tirado, pois «onde está o Espírito do Senhor há liberdade» (2Cor 3,17). É, portanto, ao próprio Senhor, ao próprio Espírito Santo, que devemos rezar, para que Se digne remover toda a obscuridade e possamos contemplar em Jesus o admirável sentido da Lei, como aquele que disse: «Abri os meus olhos para que possa contemplar as maravilhas da vossa Lei» (Sl 118,18).

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