sábado, 1 de agosto de 2020

Agosto, mês do Imaculado Coração de Maria

Escritores sacros se referem ao Coração de Maria: Santo Efrem, São Jerônimo, Santo Agostinho, Santo Anselmo, Santo Tomás de Aquino, São Boaventura, São Francisco de Sales e tantos outros. Na Companhia de Jesus diversos sacerdotes abalizados foram apóstolos desta devoção seguindo o exemplo de Santo Inácio de Loiola. São José de Anchieta, “Apóstolo do Brasil”, com seu poema “De Beata Virgine”, foi o autor do primeiro cântico ao Coração de Maria nas Américas. Após o século XVII este culto torna-se público. Coube a São João Eudes a glória de ser o principal arauto, apóstolo e teólogo, legando-nos sua obra clássica: “O Coração Admirável da Santíssima Mãe de Deus”, onde estuda os fundamentos desta invocação. Surgiram em seguida várias ordens religiosas, masculinas e femininas, sob a proteção Cordimariana, entre elas os Filhos do Imaculado Coração de Maria, fundado por Santo Antônio Maria Claret em 1849.
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     Após o século XVII este culto torna-se público. Coube a São João Eudes a glória de ser o principal arauto, apóstolo e teólogo, legando-nos sua obra clássica: “O Coração Admirável da Santíssima Mãe de Deus”, onde estuda os fundamentos desta invocação.


     Surgiram em seguida várias ordens religiosas, masculinas e femininas, sob a proteção Cordimariana, entre elas os Filhos do Imaculado Coração de Maria, fundado por Santo Antônio Maria Claret em 1849.


     Em consequência do grande incremento do culto ao Puríssimo Coração de Maria no século XIX, Pio VII e depois Pio IX, concederam uma festa e ele dedicada, em diversas igrejas particulares. Em 1887 a Companhia de Jesus também se consagrou ao Imaculado Coração da Mãe de Deus.
     No Brasil, o culto ao Imaculado Coração de Maria, divulgado inicialmente pelos jesuítas e depois por outros religiosos, está difundido em todos os Estados. Existem 36 paróquias a ele dedicado. Na capital paulista a devoção Cordimariana está ligada à primitiva igreja do Colégio, que assistiu ao nascimento de São Paulo. Em 1896, o então bispo D. Joaquim Arcoverde, em comum acordo com o governo estadual, permitiu a demolição do velho templo. No ano seguinte resolveu fundar a igreja do Imaculado Coração de Maria, lançando a pedra fundamental durante as comemorações do Centenário de Anchieta, a 13 de março de 1897. A igreja à Rua Jaguaribe, entregue aos cuidados dos Padres Claretianos, foi aberta ao público em 1899. Do antigo Colégio herdou o altar-mor de talha que se encontra na capela do Santíssimo Sacramento.
     Em 1917, durante sua aparição em Fátima, Portugal, Nossa Senhora disse aos pastorinhos Lúcia, Jacinta e Francisco que para salvar as almas dos homens Deus queria que fosse proclamada a devoção ao seu Imaculado Coração e a consagração do mundo a ele, especialmente a Rússia. A partir deste episódio, a veneração ao Coração de Maria se intensificou.
     Na década de 1940, o mundo estava enfrentando a 2ª. Guerra Mundial e o Papa Pio XII atendeu aos pedidos de Nossa Senhora em Fátima e consagrou o mundo ao Imaculado Coração de Maria, em 31 de outubro de 1942.
     Em 4 de maio de 1944, o Papa Pio XII estabeleceu a festa do Imaculado Coração de Maria no dia 22 de agosto, dia da oitava da Festa da Assunção, comemorada no dia 15 de agosto. Ele fez isso para que, por sua intercessão se obtivesse “paz entre as nações, liberdade para a Igreja, conversão dos pecadores, amor à pureza e prática da virtude”.
     A partir de então, este foi o dia dedicado ao Imaculado Coração de Maria até depois do Concílio Vaticano II. Após a revisão do Calendário Geral, o Papa Paulo VI decidiu mudar as festas do Imaculado Coração e de Maria Rainha. A festa do Imaculado Coração de Maria uniu-se à festa do Sagrado Coração de Jesus e é celebrada no sábado seguinte à festa do Sagrado Coração, tipicamente em junho; e a de Maria Rainha foi transferida para o dia 22 de agosto.
     Apesar da mudança, muitos católicos, sensíveis à mensagem de Fátima, continuaram a dedicar o mês de agosto ao Imaculado Coração de Maria, embora esta designação não seja oficial.
     O Coração de Maria é por excelência o reino do Coração de Jesus. A união de ambos os Corações é tão perfeita, que há escritores que por assim dizer os fundem em um só, referindo-se ao Coração de Jesus e de Maria. Toda a piedade marial assenta sobre esta verdade fundamental de que Maria Santíssima é o canal pelo qual se chega a Jesus, é a porta, a vida, o caminho por excelência, onde com maior segurança, mais rapidez, mais facilidade, encontramos Nosso Senhor Jesus Cristo. Assim, a consagração ao Imaculado Coração de Maria é o meio mais seguro, mais fácil, mais rápido de conseguirmos a consagração ao Coração Sagrado de Jesus.
     Com efeito, pronunciar um ato de consagração é fácil. Consagrar-se sinceramente, seriamente, a fundo, é muito mais difícil. Para conseguirmos as condições necessárias para uma perfeita consagração a Nosso Senhor nada mais perfeito, mais seguro, mais útil do que consagrarmo-nos a Maria Santíssima.
     A consagração ao Coração Imaculado de Maria é mais atual do que nunca. Mais do que nunca o mundo atribulado por mil vicissitudes de toda ordem precisa de um coração materno que dele se condoa. Mais do que nunca, pois, torna-se necessário que apelemos para o Coração de nossa Mãe, que imploremos, fazendo, tanger suas fibras mais sensíveis, suas cordas mais íntimas, toda a sua misericórdia, todo o seu amor, toda a sua assistência.
O Meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus.
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